sexta-feira, setembro 13, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 13/09

MG prepara PPP de R$ 188 mi para aeroporto
O governo de Minas Gerais prepara uma PPP (parceria público-privada) para a concessão do Aeroporto Regional da Zona da Mata, na região de Juiz de Fora.

A consulta pública para o projeto foi aberta nesta semana e vai ocorrer até o próximo dia 9 de outubro.

Em seguida, deve ser publicado o edital da licitação, cujo valor é estimado em R$ 188,9 milhões.

Essa é a primeira PPP do Estado para o setor aeroportuário. A operação é coordenada pela Secretaria de Transportes e Obras Públicas.

A empresa vencedora da disputa terá 25 anos, prorrogáveis por mais cinco, para explorar o terminal aéreo.

Além de administrar o local, o grupo que conquistar o contrato ficará responsável pela manutenção e por melhorias complementares no aeroporto.

"A grande vantagem de usar esse modelo de PPP é a integração em um mesmo contrato das diversas atividades que serão delegadas à empresa", diz Marcos Siqueira, que coordena as parcerias público-privadas de Minas.

Como o aeroporto envolvido no processo tem um porte menor, o governo criou um modelo de compartilhamento de risco para atrair empresas para a licitação.

Caso a projeção de demanda prevista no edital caia ao longo do contrato, o Estado deverá entrar com um valor maior de contrapartida.

"Mas se a demanda for superior nos próximos anos, o governo também vai receber mais dinheiro."

Multinacional não é preparada para competir em emergentes
Apesar de quererem ganhar mercado nos países emergentes, as multinacionais não estão preparadas para isso, segundo pesquisa do BCG (Boston Consulting Group).

O levantamento mostra que 78% dos executivos entrevistados esperam aumentar a participação de suas empresas nos emergentes, mas apenas 13% deles dizem ter vantagens competitivas em relação às companhias locais.

Umas das principais dificuldades das multinacionais é atrair e manter funcionários de alto escalão nos países emergentes. "Elas querem ter líderes locais, mas é difícil porque há uma grande competição pelos melhores talentos", diz Lori Spivey, uma das responsáveis pelo estudo.

"Muitas multinacionais são bastante antigas e com estruturas mais rígidas. As companhias locais, principalmente as menores, oferecem mais oportunidades para se construir algo novo."

Entre as empresas que participaram da pesquisa cujos resultados costumam ser acima da média, 46% têm pelo menos um de seus principais executivos baseado em um país emergente.

Nas companhias com performances abaixo da média, apenas 15% possuem um.

Foram entrevistados 156 funcionários de alta direção. Quase metade deles trabalham em empresas com receitas superior a US$ 10 bilhões.

ROUPA LIMPA NA ESTRADA
A rede de lavanderias Laundromat abriu suas duas primeiras lojas em postos de gasolina em rodovias, na Presidente Dutra e na Régis Bittencourt, em São Paulo.

As unidades são montadas dentro de contêineres.

"O público-alvo são os caminhoneiros e outros viajantes que utilizam as estradas com frequência", diz Juan Carlos Lopez, presidente da empresa.

Nessa estrutura modular, a rede tem hoje outros seis pontos em postos e hipermercados urbanos, sobretudo no Rio de Janeiro.

"Nossa meta é finalizar o ano com até 20 unidades desse tipo em operação", afirma Nicolas Lopez Lanhozo, diretor comercial.

A implantação de cada franquia tem investimento estimado entre R$ 105 mil e R$ 250 mil.

O grupo tem ainda outras 70 lojas convencionais no país --seis próprias.

Lava-rápido
A norte-americana Alliance Laundry System, fabricante de equipamentos de lavanderia comercial, acaba de entrar no país com uma operação própria, em São Paulo.

"Mesmo tendo um ano [economicamente] difícil, o Brasil ainda está entre os dez países mais importantes do mundo", diz o presidente da companhia, Michael Schoeb.

"Investimos no país focando no longo prazo. O mercado continua crescendo e o tamanho da população atrai", acrescenta o executivo.

Ainda neste ano, a empresa abrirá unidades na China e na Índia.

A Alliance Laundry teve uma receita líquida de US$ 265 milhões nos seis primeiros meses do ano --alta de 7,7% ante o mesmo período do ano passado.

A companhia, que tem duas fábricas nos Estados Unidos e uma na Bélgica, emprega 1.800 funcionários.

ALIANÇA EM ÁGUA E ESGOTO
Um acordo de cooperação será assinado entre a Abcon, associação brasileira que reúne as empresas privadas de saneamento, e a AEPSA, entidade que congrega companhias similares de Portugal.

O objetivo é compartilhar experiências que possam contribuir para a expansão do segmento nos dois países.

"A ideia é construir uma agenda conjunta com relação a assuntos que são de interesse comum, como inovação e área ambiental", afirma Roberto Muniz, presidente-executivo da entidade brasileira.

Entre os temas de interesse do Brasil que envolvem projetos desenvolvidos em Portugal estão gestão de perdas, dessalinização de água e reúso, segundo Muniz.

"O foco maior é a troca de tecnologia. Isso também poderá gerar um ambiente de negócios mais propício entre as empresas dos dois países", acrescenta o executivo.

No Brasil, os investimentos privados em saneamento devem atingir R$ 1 bilhão neste ano, segundo a Abcon.

Abastecendo... A Cummins Marine forneceu 24 motores para seis embarcações do pré-sal. O primeiro lote, de quatro motores, deverá ser entregue em outubro deste ano.

...o pré-sal As embarcações, da Brasil Supply, fornecerão à Petrobras estruturas de apoio à exploração de petróleo e devem começar a operar no segundo semestre de 2014.

Pneu... A Pirelli foi considerada, pelo sétimo ano consecutivo, líder mundial no ranking da Dow Jones de sustentabilidade na categoria componentes de veículos.

...sustentável A empresa recebeu 85 pontos, enquanto a média do setor foi de 51. O indicador avalia a performance financeira de empresas para a sustentabilidade.

TIME DE ALIMENTOS
Para promover produtos brasileiros no mercado internacional em ano de Copa, foi criada uma Seleção Brasileira de Alimentos.

O projeto --que envolve a Apex-Brasil, 11 empresas do setor, como Aurora e Bauducco, e a agência francesa Enivrance, além de chefs brasileiros-- selecionou produtos nacionais para exportação e os levará a feiras alimentícias entre 2013 e 2014.

Os itens, entre eles cachaça, açaí e mandioca, serão apresentados dentro de propostas diferentes: pó de café aromatizado com cachaça e macarron recheado com carne seca, por exemplo.

Após o lançamento no próximo dia 26, os produtos serão apresentados a empresas estrangeiras na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos.

O objetivo é ampliar as exportações brasileiras.

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