sábado, julho 13, 2013

Arrumar a casa - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 13/07

A votação da Lei de Royalties revelou que o governo está desarticulado na Câmara. Por isso, os aliados advertem o Planalto que é preciso dar um jeito para evitar nova derrota, na reabertura dos trabalhos. Alertam que mantido o clima de “barata voa” será dura a batalha na votação do Código da Mineração. Os ministros do PSB, do PCdoB, do PDT, do PSD e do PRB vão levar uma prensa.

“Nunca na história deste país houve tanto desacerto numa base de sustentação de governo. Não há divã que resolva!”
Chico Alencar Deputado federal PSOL-RJ

Naufrágio à vista
Os grandes partidos (PT, PMDB, PSD e PSDB) definiram que o primeiro tema a ser votado na Comissão da Reforma Política será emenda constitucional pelo fim das coligações nas eleições para deputado federal e estadual. O coordenador da comissão, Cândido Vaccarezza (PT-SP), vai começar por aí. A intenção é liquidar com uma dezena de partidos. Mesmo assim, o clima é de pessimismo, porque os pequenos e médios partidos votarão contra, para assegurar suas sobrevivências. Um importante líder do PMDB comentou que o DEM, depois de ter sido dizimado pelo PSD, está mudando de posição.

Goela abaixo
Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) têm a missão de enquadrar o líder do PT, José Guimarães, e o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT), contrários ao marco civil da internet.

Recado ao Planalto
Depois de se alinhar ao governo Dilma na batalha dos royalties, o líder do PP, Arthur Lira, informou ao Planalto que foi a última vez. Relatou que está desgastado na bancada, insatisfeita por ter perdido cargo na direção da Petrobras e pelas limitações impostas ao ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) que, dizem eles, não tem autonomia.

Lavando as mãos
O presidente do PT, Rui Falcão, não quer nem ouvir falar de reforma ministerial. Diz que o partido não opina sobre a mudança de ministros, pois do contrário o governo poderia pedir a troca de integrantes de sua Executiva Nacional.

Sem feudos
Marina Silva enfrenta resistência de políticos interessados em embarcar na Rede. Os que têm mandato e prometem migrar para o novo partido querem a presidência da sigla em seus estados. E Marina está dizendo não! Ela quer uma nova formatação: uma coordenação, liderada por duas pessoas, sendo um homem e uma mulher, com mandato de dois anos e sem direito à reeleição.

Operação tartaruga
Alguns cartórios eleitorais estão usando filigranas para rejeitar filiações ao Rede. Eles têm se recusado a conferir as assinaturas de filiados com a do título de eleitor. As recusam por não conferir com a rubrica usada nas eleições de 2012.

Sem perdas nem danos
Apesar dos temores, o Rio não vai perder dinheiro com a Lei dos Royalties aprovada pela Câmara. Os recursos para Educação e Saúde serão provenientes do Fundo Social, ou seja, é dinheiro novo e da parte da União.

O SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA do governo do Rio concluiu investigação: os encapuzados nas manifestações são ligados ao tráfico de drogas e às milícias.

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