terça-feira, maio 28, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“O povo está com sede de indignação”
Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pedindo mais espanto com as injustiças sociais


REFORÇO

Criado para negociar PEC 37, o grupo de trabalho pediu audiência esta semana com Henrique Alves e o ministro Eduardo Cardozo (Justiça).

CONDIÇÕES

O grupo cogita dar ao MP o poder de investigar em caso de omissão da PF, dano irreparável ao patrimônio e perigo de perecerem as provas.

QUEM FISCALIZA?

O Ministério Público fiscaliza a polícia, mas não quer controle externo. A tendência dos parlamentares é atribuir esse controle ao Judiciário.

RETALIAÇÃO À VISTA

Deputados reclamam do abuso de poder do MP, mas temem retaliação caso aprovem o projeto sem consenso. A votação é aberta.

EMPREGO EM PRIMEIRO LUGAR, ADVERTE ESPECIALISTA

A reunião do Copom, que começa hoje e termina amanhã, coloca de novo os especuladores do juro alto em forte tensão, mas o economista Laurence Ball, da Jonhs Hopkins University, jogou um balde de gelo nos que defendem, no Banco Central, a escalada de meio ponto na taxa Selic. Em seminário do próprio BC, disse que o desemprego é mais importante do que mirar só na inflação. “Perder o emprego é algo devastador, mas é ainda mais devastador num país como o Brasil.

TESE QUEBRADA

O argumento de Laurence Ball quebra a tese dos economistas ortodoxos, que querem combater a inflação com desemprego alto.

GRADUALISMO

Ball reforça parte do governo, que prefere gradualismo e moderação, pois a inflação está dentro da meta anual e com tendência de queda.

PERGUNTA NA BILHETERIA

Já que os traficantes do Rio saúdam eventos esportivos a bala, o ingresso para os jogos da Copa vêm com seguro de vida?

QUE LOROTA, SEU CABRAL

Os traficantes do Complexo do Alemão não precisaram de mais de dez minutos de chuva de balas, após mais um “toque de recolher”, para liquidar de uma vez a lorota de favelas cariocas “pacificadas”.

LULA BUSINESS

Para quem não entendeu a viagem da presidente Dilma à Etiópia: o Brasil vai financiar, via BNDES, a ferrovia de US$ 1 bilhão que uma empreiteira brasileira vai construir até o sul do Sudão, como adiantou a coluna em janeiro. Tudo arrumado pelo ex-presidente Lula, claro.

TODOS POR UM

Petistas ligados à presidente Dilma reclamam que o ex-presidente Lula só dificultou a governabilidade ao antecipar corrida eleitoral para salvar a própria pele no ‘caso Rose’ e ofuscar o julgamento do mensalão.

CHANCES REMOTAS

O ex-presidente do Corinthians Andrés Sanches se agarra a Ricardo Teixeira, de quem foi assessor, e ao ex-presidente Lula, mas para ser candidato a presidente da CBF precisaria reunir o apoio de ao menos 7 presidentes de federações estaduais. Missão praticamente impossível.

CHACOLHADA

Durou exatamente um mês a caxirola criada pelo músico Carlinhos Brown. Como esta coluna antecipou, a Fifa proibiu a tosca imitação do caxixi da capoeira. Será conhecida no museu como “caxirolo”.

PONTE AÉREA

O ex-ministro de FHC Eduardo Jorge foi escalado para reorganizar o PSDB no DF. Em abril, o ex-presidente Marcio Machado foi condenado a quase cinco anos de prisão, por corrupção no governo Arruda.

E NA COPA?

Parlamentares que tinham agenda ontem à tarde em Brasília dizem ter passado um verdadeiro perrengue para conseguir comprar passagens aéreas com destino à capital. Os voos estavam superlotados.

FERIADO ANTECIPADO

Com o feriado de Corpus Christi na quinta, os líderes da base aliada já avisaram ao governo que terão dificuldade para garantir o quórum esta semana para votar as duas MPs que caducam na próxima segunda (3).

PENSANDO BEM...

...têm razão o prefeito do Rio, que bateu, e o músico que apanhou ao xingá-lo.


ALVES TEME QUE BRIGA MP X PF GERE DENUNCISMO

Diante da guerra de lobbies entre Polícia Federal e Ministério Público, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), sinalizou que só votará a PEC 37, que discute poder de investigação de promotores, em caso de "consenso absoluto". O presidente teme que o acirramento de ânimos resulte em uma enxurrada de denúncias das instituições para demonstrar força, além de confusão no plenário durante a votação.

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