terça-feira, abril 23, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“O STF adquiriu credibilidade pública com as decisões”
Ministra Eliana Calmon (STJ) confiante de que os mensaleiros não ficarão impunes


PORTOS 24H, COMO DILMA QUER, SÓ SEM FISCALIZAÇÃO

A presidente Dilma resolveu desencalacrar o sistema de fiscalização de cargas que chegam ao país por via marítima, e ordenou que o trabalho seja realizado nas 24 horas do dia nos portos, um dos setores mais atrasados. Mas ela ignora que não há fiscais suficientes. Os 14 quilômetros do porto de Santos, com movimento de 104,5 milhões de toneladas em 2012, são fiscalizados hoje por apenas 23 servidores.

ASSIM NÃO DÁ

Já o porto do Rio de Janeiro, que movimentou 8,3 milhões de toneladas em 2012, tem só oito fiscais da Agricultura trabalhando 8 horas/dia.

DESFALQUE

Além quadruplicar o número de fiscais, são necessários mais auditores fiscais, Exército e Polícia Federal. Mas Dilma não autoriza concursos.

LOROTA FOR EXPORT

Anunciado em março, o Banco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ainda não saiu do papel assinado por Dilma em Durban.

FILA ÚNICA

A empresa holandesa Mars One selecionará candidatos a povoar Marte em 2023, testados num reality show. O detalhe: passagem só de ida.

AGENDA DO CHANCELER REVELA RITMO DE DESPEDIDA

Saco de pancadas preferencial de Dilma, que o trata com habitual rispidez, Antonio Patriota (Relações Exteriores) parece desanimado, com agenda de quem se despede do cargo. Ele, ontem, cumpriu o papel protocolar de receber o primeiro-ministro da Macedônia e foi ao lançamento de uma revista. Só. Já o embaixador Eduardo dos Santos, secretário-geral (o nº 2) do Itamaraty, está a mil.

OCUPANDO ESPAÇO

O embaixador Eduardo dos Santos, foi ontem a duas reuniões no Planalto e uma sessão no Senado, ciceroneou o premiê visitante etc.

SERIA RISÍVEL...

Patriota virou piada: disse na ONU que por “respeitar a soberania” da Venezuela, silenciaria sobre a fraude que elegeu Nicolás Maduro.

...NÃO FOSSE TRÁGICO

O Brasil ignorou a “soberania” do Paraguai, liderando sua suspensão do Mercosul, e se meteu nos assuntos internos do governo de Honduras.

QUEIMAÇÃO

Irritado com o presidente da STF, ministro Joaquim Barbosa, que condenou os réus do mensalão, o PT espalha nas redes sociais que ele é cotado a vice do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014.

DORMIR PRA QUÊ?

Advogado de Marcos Valério no processo mensalão, Marcelo Leonardo garante não ter aumentado a equipe para dar conta das 8.405 páginas do acórdão do julgamento. Preferiu reduzir as horas de sono.

TRABALHEIRA

O ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ex-dono de banca de jornal e conselheiro do BNDES, emplacou outro aliado no governo que o demitiu: Josbertini Clementini é o diretor de Emprego para a Juventude.

PADRINHOS ERRADOS

O desembargador capixaba Samuel Meira Brasil Jr escolheu errado os padrinhos na campanha para o Superior Tribunal de Justiça: Paulo Hartung, que responde a denúncias de corrupção em seu governo, e Ricardo Ferraço (PMDB), atuante senador de quem Dilma não gosta.

LOUCOS POR JATINHO

Esqueçam filmes americanos com o preso algemado em voo de carreira. No Brasil, país rico, é diferente: agentes da Polícia Federal foram a Portugal em jatinho buscar presos brasileiros.

DE BOA

Com seus clientes Duda Mendonça e Zilmar Fernandes absolvidos no mensalão, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, acompanha o andamento do julgamento com cara de paisagem.

A LA CARTE

A convite do senador Gim Argello (PTB-DF), o vice-presidente Michel Temer almoçará hoje, no Senado, com o bloco PTB-PR-PSC-PPL. No cardápio, eleições de 2014 e o espaço dos partidos no governo

Dilma.

DISSIDÊNCIA PETISTA

Presidente do MD (Mobilização Democrática), fruto da fusão PPS-PMN, Roberto Freire (SP) garante ter “gente até do PT” negociando filiação ao novo partido: “Estamos em ritmo frenético, de muitas conversas”.

LEMBREM DE MIM

O nº 2 da Casa Civil, Beto Vasconcelos, continua a postos azarando o lugar do ministro Luís Adams na Advocacia-Geral da União.


PODER SEM PUDOR

LIÇÃO INESQUECÍVEL

José Américo de Almeida governava a Paraíba, em 1951, quando o Estado enfrentou uma seca dramática. Certo dia, no palácio, ele recebeu o prefeito de uma das cidades mais castigadas, suplicando um caminhão para transportar alimentos aos munícipes mais carentes. José Américo respondeu que seria difícil atender ao pedido, porque a cidade era muito longe da capital. O prefeito perdeu a paciência e deu uma lição que o "Velho", como era conhecido, jamais esqueceria:

- É longe, não, governador. Fica no mesmo local onde o senhor foi pedir votos para se eleger.

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