quinta-feira, dezembro 13, 2012

Delação premiada - SONIA RACY


O ESTADÃO - 13/12

Nas rodas do jantar de confraternização do Instituto de Defesa do Direito de Defesa, anteontem, instalou-se um debate: Marcelo Leonardo teria se “autoincriminado” ao assinar depoimento de Marcos Valério ao MP mesmo sabendo que ali constava afirmação de que o PT desembolsou R$ 4 milhões para pagar seus honorários? Este dinheiro do PT era de Caixa 2?
Em tempo: todo advogado que acompanha depoimento no MP é obrigado a assinar embaixo a falado réu-cliente. E foi o que Marcelo Leonardo fez.

Fizeram falta
Ausências sentidas no encontro do IDDD: Márcio Thomaz Bastos, criador do instituto, Celso Vilardi, advogado de Rosemary Noronha, e... o próprio Marcelo Leonardo, advogado de Marcos Valério.

Tentar, ofende?
Haddad quase caiu da cadeira ao ouvir pedido para manter 16 coronéis da reserva da PM à frente de subprefeituras. Parte das negociações do PSD para apoiar o governo petista.

Kassab deve ter se esquecido das críticas feitas pelo prefeito eleito quanto à militarização das subprefeituras.

Santa Copa
Empresas de turismo estão ansiosas pelo resultado da reunião de hoje na Câmara – que discutirá a construção de píer pela Companhia Docas no Rio.

Segundo apurou a coluna, o setorhoteleiro da cidade conta com a obra para que navios de passageiros possam ficar ancorados e aumentar a oferta de leitos durante a Copa.

Problema? O local escolhido para o píer esconderá o Mosteiro de São Bento –tombado pelo Patrimônio Histórico.

Direto do Japão
Washington Olivetto, corintiano roxo, atesta: “Nunca vi manifestação de brasilidade como esta invasão do Corinthians ao Japão”, comemorou, ontem, via celular.

Indagado pela coluna sobre os comentários de que o timejogara mal contra o AlAhli, o publicitário ponderou: “Fomos mal no segundotempo, masvencemos por causado primeiro”.

In loco
Ao lado de Mara Gabrilli, Romário participa hoje de audiência pública em Sampa – sobre seuprojeto que simplifica a entrada de insumos para pesquisa científica no País.

O exjogador tem uma filha com Síndrome de Down.

Tempo é cultura
Dilma aproveitou o horário do almoço, ontem em Paris, para visitar a exposição do americano Edward Hopper, no Grand Palais. Gostou muito.

Patota cultural
A noite era dedicada a Gilberto Gil, mas outro baiano teve papel de destaque no palco do Itaú Cultural, anteontem, na abertura da exposição Gil 70.

Juca Ferreira, novo secretário municipal da Cultura, foi lembrado por todos.

Patota 2
Já Marta Suplicy pediu licença e sugeriu a Haddad, presente naplateia, que renomeasse o Auditório Ibirapuera como Oscar Niemeyer. No dia 25 de janeiro, aniversário da cidade.

Patota 3
E Haddad falou sobre a importância de Gil no Ministério da Cultura. “Se você ainda não for Cidadão Paulistano, vou providenciar isso”, garantiu.

Patota 4
Tem gente curiosa para saber o que todos eles - – Gil, Marta e Haddad – tanto conversaram, durante uma hora e em sala reservada, com Milú Villela. Antes de visitarem a exposição.

De olho no detalhe
Roberto Loeb está completando 48 anos de serviços dedicados à arquitetura. E sua trajetória acaba de ganhar livro, editado pela Bei, a ser lançado hoje na Galeria Marília Razuk. Famoso por projetos como o do Centro da Cultura Judaica, ele falou à coluna sobre detalhes arquitetônicos que melhoram a vida das pessoas e avisou: “Vem aí um novo cinema Belas Artes”.

•Está mais fácil criar hoje? Está, porque os clientes mudaram. Querem mais dos projetos. Hoje há mais diálogo.

•Quanto de ansiedade há entre o que você quer fazer para o cliente e o que ele pede? Ficava mais ansioso no come-
ço da carreira. Com o passar do tempo, aprendi a absorver de modo criativo. Mas nem sempre é satisfatório (risos).

•Você está projetando um novo cinema Belas Artes? Onde? Na Praça Benedito Calixto. Ficará pronto no fim de 2013.
•Como está vendo os projetos para a Copa do Mundo?
Com certa decepção. Muitos arquitetos brasileiros, cuja carreira merecia este contraponto (projetar os estádios), não foram chamados.

•Você sempre disse que gosta de trabalhar o detalhe urbano. O que faria por SP? Começaria pelas calçadas, pelos abrigos de ônibus, a iluminação. Isso faz muita diferença na vida das pessoas. A Lygia Fagundes Teles disse, certa vez, que gostaria de criar o Ministério do Detalhe. Pode me chamar que eu vou!

•E como colocar em prática? Com zeladorias. Porque as subprefeituras não têm capacidade de gerir regiões tão grandes, como acontece hoje. É preciso fazer o que Jaime Lerner chama de acupuntura urbana. /DANIEL JAPIASSU

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