quinta-feira, novembro 15, 2012

Águas de janeiro - VERA MAGALHÃES - PAINEL


FOLHA DE SP - 15/11

Alertado sobre a alta probabilidade de enchentes logo no período que sucederá sua posse, Fernando Haddad enviou extenso ofício à prefeitura cobrando dados detalhados dos serviços de microdrenagem e limpeza de bocas de lobo e piscinões. O prefeito eleito também quer conhecer os planos preventivos para áreas de risco. A equipe de transição fará varredura dos contratos em vigor para providenciar eventuais prorrogações que evitem a interrupção de serviços do setor em janeiro.

Meteorologia Na conversa de ontem com Haddad, Dilma Rousseff advertiu: "Aproveite agora, antes da posse: todo mundo te cumprimenta e ninguém te cobra. Quando assumir você nunca mais vai dormir quando ouvir barulho de chuva".

Linha direta As tratativas sobre ações emergenciais contra enchentes serão feitas entre a equipe de transição e o atual secretário das subprefeituras, Ronaldo Camargo.

Cláusula pétrea O petista pediu aos deputados escalados para seu secretariado que abdiquem da reeleição em 2014. A regra incomodou Vicente Cândido, convidado a assumir o braço esportivo da nova gestão. Ele deseja presidir a CCJ da Câmara.

Mais uma Haddad bateu o martelo com sua equipe para a criação da 32ª subprefeitura, a de Sapopemba, na zona sudeste de São Paulo. O projeto de lei seguirá para a Câmara em janeiro.

Estica e puxa O prefeito eleito diz a interlocutores que manterá 27 secretarias no organograma municipal. As pastas que serão criadas (Mulher e Igualdade Racial) substituirão outras duas do atual desenho do governo.

Bancada Com a escolha de Sidney Beraldo para o TCE-SP, a composição do colegiado, um dos redutos do PMDB quercista, passa a ser majoritariamente ligada aos tucanos. Quatro dos sete conselheiros do órgão foram indicados pelas gestões de Mario Covas e Geraldo Alckmin.

In loco O governador cogita desistir da viagem a Paris, prevista para a semana que vem, em razão da crise na segurança. Secretários de seu núcleo político também foram orientados a cancelar agendas internacionais.

Antiácido Na conversa que teve com Lula ontem, em São Paulo, Dilma relatou os encontros com representantes de PMDB, PSB, PP e PSD. Concordaram que o saldo foi ótimo, mas que os próximos passos de Eduardo Campos (PSB) são uma incógnita.

No muro No jantar com o PP, a presidente obteve compromisso de apoio no Congresso, mas não ouviu juras sobre 2014. A sigla é comandada por Francisco Dornelles, que é tio de Aécio Neves, possível oponente da petista.

Dosimetria Em seu discurso de despedida, Carlos Ayres Britto destacou o apoio do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos a seu ingresso no STF. Um advogado do mensalão, na plateia, brincou com os colegas: "Agora sim, temos um culpado. Falta definir a pena".

Penetras Apesar da convivência quase diária há três meses, os advogados do caso não receberam convite para a posse de Joaquim Barbosa na presidência do Supremo, que será na semana que vem.

Data venia A possibilidade de que a renovação de concessões do setor elétrico vá parar na Justiça ganha força. Representantes de um escritório de advocacia que atua para a Cemig acompanharam in loco audiência pública ontem sobre a MP 579.

Visita à Folha José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, visitou ontem a Folha.

com FÁBIO ZAMBELI e BRENO COSTA

tiroteio
"Só quando seus amigos do PT estão prestes a ser presos o ministro percebeu que o sistema carcerário é ruim? E o que fará quanto a isso?"

DE ANDREA MATARAZZO (PSDB), vereador eleito, sobre José Eduardo Cardozo (Justiça) ter dito que preferia morrer a cumprir pena num presídio brasileiro.

contraponto


Controle de tráfego aéreo


Em almoço com José Anibal, secretário de Energia de São Paulo, e Marcus Pestana (PSDB-MG), Arnaldo Jardim (PPS-SP), demonstrou empolgação com a eventual candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB-PE).

Em seguida, durante sessão da comissão especial da MP do setor elétrico, Jardim se sentou ao lado do também presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG).

-Aécio, o Arnaldo está querendo viajar de São Paulo a Pernambuco sem passar por Minas -, disse Pestana.

- O problema é que esse voo pode ser desviado para Brasília e acabar no colo da Dilma -, respondeu Aécio.

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