sábado, outubro 20, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“A pauta do povo não é a briga dos políticos”
Eduardo Campos, governador de Pernambuco, cujo PSB derrotou o PT no Recife

DOIS EX-MINISTROS PROCESSADOS POR IMPROBIDADE 
Os ex-ministros Eliseu Padilha (Transportes) e Eduardo Jorge Caldas Pereira (Secretaria-Geral da Presidência) serão julgados por improbidade administrativa, acusados de fraude num acordo do extinto DNER e a empresa 3 Irmãos, que culminou no “escândalo dos precatórios”. A Justiça Federal acatou a denúncia, em 2003, do Ministério Público Federal. Ambos foram ministros do governo FHC.

PRECATÓRIOS 
Segundo o MPF, lobistas e servidores recebiam propina para pagar indenizações judiciais milionárias, furando a fila dos “mortais”. 

BRIGA ANTIGA
Eduardo Jorge, o “EJ”, trava há anos uma briga judicial contra procuradores federais acusados de persegui-lo.

MANJADO PELO MPF
O controvertido Eliseu Padilha, dirigente do PMDB, sempre teve seu nome envolvido em denúncias de irregularidades no governo FHC.

DINHEIRO NO LIXO
O Ministério do Trabalho gastou uma fortuna para “modernizar” seu protocolo online, mas o serviço é ruim, raramente funciona. 

EFRAMOVICH LEVARÁ A TAP POR ACEITAR ‘CONTRAPESO’
O empresário colombo-brasileiro German Eframovich, dono da Avianca, poderá adquirir a TAP porque aceitou incluir no negócio a deficitária VEM, antiga empresa de manutenção da Varig adquirida há anos pela companhia aérea portuguesa. Essa condição, imposta pelos controladores da TAP, foi rejeitada pelos nove grupos interessados. Com isso, sobrou apenas Eframovich na disputa pela aquisição.

MICO DA VARIG
A TAP comprou a VEM após o ex-presidente da Vargi Fernando Pinto assumir a presidência da empresa aérea portuguesa. Foi um erro.

HISTÓRIA DE SUCESSO
O arrojado German Eframovich começou a vida vendendo livros. Hoje, entre outros negócios, é dono de empresas aéreas e constroi navios. 

MINA DE OURO
A TAP é a empresa estrangeira que mais tem voos para o Brasil. Suas linhas para todo o planeta estão entre os seus principais trunfos.

GAZETA PUNIDA
A turma do presidente demitido do INSS Mauro Hauschild diz que ele foi vítima de “golpe”, para que o ministro Garibaldi Alves (Previdência) nomeasse seu chefe de gabinete para o cargo. Lorota. Ele foi demitido porque se ausentou do trabalho para fazer campanha municipal no Sul.

ESPELHO MEU
Os leitores desta coluna souberam primeiro, terça (16), que Dilma decidira demitir Mauro Hauschild da presidência do INSS. Ela queria Carlos Bagas no cargo, mas acolheu depois a indicação do PMDB.

JUSTA CAUSA
Após o caso do avião com pneu furado que paralisou o aeroporto de Campinas (SP), o diretor de Operações da Infraero, Márcio Jordão, e a cúpula da estatal colocaram as respectivas barbas de molho. É que “madame”, como chamam Dilma, poderá demitir toda a direção.

NO LIMBO
A OAB-MS cobra do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) a regularização do refúgio político de dois bolivianos que pediram asilo há mais de um ano. O Conare culpa a “grande demanda” de haitianos.

AFUNDANDO
O deputado Maurício Trindade (PR-BA) diz que seu partido acabou em Salvador, e culpou o presidente estadual, ex-governador carlista César Borges. O PR pode não ter candidato a deputado estadual em 2014.

O DIABO NO SINDICATO
O Tribunal Superior do Trabalho confirmou a demissão por justa causa de um ex-diretor do Sindicato dos Bancários de Jequié (BA), ligado à CUT, que tratava aos pontapés clientes idosos, grávidas e até chefes.

NOVO GOLPE
Fingindo ser o deputado Joaquim Beltrão (PSDB-AL), alguém mandou mensagem ao deputado Moreira Mendes (PSD-RO) pedindo dinheiro para compra de uma passagem. Desconfiado, Mendes ligou para o colega, que desmentiu o pedido. A Polícia suspeita de presidiários.

ESTRANHO PROJETO
A Câmara Legislativa do DF estranhou projeto do governo negativando “contribuintes com dívidas fiscais de até 
R$ 5 mil. Empresas, inclusive do governo, são os maiores devedores, diz a deputada Liliane Roriz.

PENSANDO BEM...
...Ficar sem luz por causa de novela só aconteceria na Idade das Trevas. 

PODER SEM PUDOR
UM DEFUNTO DECENTE

O senador gaúcho Pinheiro Machado marcou uma visita ao hotel onde estava o seu colega Bernardo Monteiro, no Rio de Janeiro. O anfitrião o recebeu vestindo ceroulas comuns e ele não conteve a observação:
- Bernardo, você precisa estar preparado para morrer na rua. Vista-se de seda por baixo. Seja um cadáver decente.
Pinheiro Machado seria assassinado alguns anos depois, no Hotel dos Estrangeiros, no Rio. Vestia ceroulas de seda.

Um comentário:

Unknown disse...

Prezado Sr. Murilo.

Como vi a publicação da matéria intitulada DOIS EX-MINISTROS PROCESSADOS POR IMPROBIDADE, relativamente a abertura de processo por improbidade administrativa, contra mim e o Ministro Eduardo Jorge, peço para esclarecer, no mesmo espaço que:

I - Não se trata de um novo processo ou coisa da ordem. Esta ação tramitava desde o ano de 2003 e a Justiça Federal de Primeira Instância já a havia rejeitado;

II - Como o Ministério Público Federal recorreu, a notícia dada por ele que motivou sua postagem é de que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, teria decidido pelo andamento de tal Ação;

III - No Mérito, caso tal Ação venha a tramitar, nada, absolutamente nada tenho a temer. Nada fiz de improbo. Logo não há do que temer. Minha participação no assunto foi a seguinte:

1 - Meu Gabinete recebeu, da Secretaria Geral da Presidência da República o Aviso 214/SGEm 23 de setembro de 1997, expediente de rotina, nos seguintes termos:

"Aviso 214/SGEm 23 de setembro de 1997

Senhor ministro, Encaminho, em anexo, a correspondência do Deputado Alvaro Gaudêncio Neto, que trata de assunto relacionado a área de competência desse Ministério.

Muito agradeceria providências de Vossa excelência que permitam o exame do referido documento e, posteriormente, o envio de informações a esta Secretaria-Geral do
seu resultado.

Atenciosamente.

EDUARDO JORGE CALDAS PEREIRA

2 - Cumprido a praxe do Ministério, tal correspondência e o anexo foram encaminhados para a Autarquia DNER, que tinha Autonomia Administrativa, para a avaliação do solicitado pela Secretaria Geral da Presidência da república. Esta foi a participação de meu Gabinete. Encaminhar, sem acrescer ou subtrair nada;

3 - Tanto no expediente de rotina da Secretaria Geral da Presidência da República, quanto no encaminhamento de tal correspondência ao DNER, nada foi Sugerido, Determinado ou Autorizado.

Tratava-se de mero pedido de informação a uma Autarquia que tinha Autonomia Administrativa.

IV - O fato imputado na Ação do Ministério Público Federal não existe. Não houve nenhuma improbidade de minha parte. Daí porque, passados 15(Quinze) anos - desde 1997 -, sequer o processo estava em andamento;

V - Se e quando eu for instado a me manifestar em tal processo, repetirei o que já fiz antes da Justiça Federal de Primeira Instância o rejeitar: Comprovar que o fato improbo a mim atribuído não existe;

VI - Lastimo profundamente que esta notícia tenha sido "requentada", pela enésima vez, com o fito exclusivo de, injustificadamente, menosprezar e prejudicar a alguns e valorizar e elevar a auto estima de outros.

Agradeço pela oportunidade de, com sua publicação desta, ser conhecida a outra face de tal "requentada" notícia.

Atenciosamente.

ELISEU PADILHA.

Eliseu Padilha
Rua: Siqueira Campos, n.º 1184 - 12º andar Fone: (51) 3225-4499
CEP: 90010-001
Porto Alegre/RS