sábado, outubro 13, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“As quantias são grandes, mas as campanhas são caras...”
Ministro Ricardo Lewandowski (STF), em defesa da absolvição de mensaleiros

‘BIOGRAFIA’ PODE ATENUAR PUNIÇÃO DE MENSALEIRO
Advogados de defesa e os próprios réus do mensalão alimentam agora a expectativa de que as sentenças, inclusive de prisão, podem ser atenuadas em razão das “biografias” dos acusados. A expectativa foi gerada pelo ministro Carlos Ayres Brito, presidente do Supremo Tribunal Federal, ao admitir, na sessão de quarta (10), que a história do réu pode ser considerada, por ocasião da “dosimetria” das sentenças. 

CAPÍTULO FINAL
Ao definir a dosimetria, fase final do julgamento, os ministros do STF fixarão as penas a serem cumpridas por cada um dos condenados.

TRISTEZA
Vários ministros, como Rosa Weber, não esconderam a tristeza pela condenação de réus como o ex-deputado Jose Genoino.

RECONHECIMENTO
Até ministros que condenaram Genoino reconheceram que ele não se locupletou do dinheiroduto do mensalão do governo Lula.

FATOS JULGADOS
A ministra Cármen Lúcia foi o primeiro integrante do STF a lembrar que estão em julgamento “fatos” e não as histórias dos acusados.

ÍNDIOS E ONGS QUEREM APITO: 10% DE BELO MONTE
A questão, afinal, não é ambiental, é grana: representante da Amazon Watch, ONG sediada em São Francisco (EUA), Maira Irigaray informou à rede de notícias Bloomberg que índios “ribeirinhos” e outros setores contrários à conclusão da obra da Usina de Belo Monte ficarão muito satisfeitos se receberem 10% dos lucros com a venda da energia a ser gerada. Além disso, também pedem uma mesada de R$ 3 mil.

ELES TÊM UM PREÇO
Entre as muitas exigências para deixar em paz as obras de Belo Monte, índios ribeirinhos e pescadores pedem barcos “mais potentes” . 

ECOPICARETAGEM
O detalhe, na obra da Usina de Belo Monte, é que na região não há “índios ribeirinhos” a serem prejudicados num raio de dezenas de quilômetros.

CONTAS
O ex-governador do DF José Roberto Arruda (sem partido) trabalha para que os deputados distritais aprovem as contas de sua gestão.

QUEM MANDA
Na biografia Entre o Sonho e Poder, lançada em agosto (Geração), José Genoino diz que com José Dirceu foi contra a coalizão com PP, PL e PTB, mas Lula a aprovou. Deu no que deu. E ele “não sabia”.

‘HONORIS CAUSA’
A condenação dos “principais assessores” de Lula tem sido destaque na imprensa mundial, dos EUA à China, onde a pena por corrupção é fuzilamento. Jornal espanhol falou em “mão direita” do ex-presidente. 

EGO INFLADO
O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) inflou seu ego após seu candidato em Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), passar ao 2º turno. A articulação da candidatura foi da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).

BORDUNA
Dizer que “fotógrafo e jornalista bom é jornalista morto” não foi a primeira do advogado de Delúbio Soares, Sebastião Juruna. Em 2010, ele teve que se desculpar perante o juiz, após ofender um procurador. 

SEM MEDO
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) não gostou que sua equipe tenha retirado post de seu Facebook contra o comércio de armas. “A decisão foi absurda, eu não tenho medo de gente armada”.

BOLSONARO TRIPUDIA
Ao comentar a condenação de José Genoino no julgamento do mensalão, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ironizou: “Vai tirar férias na Papuda, quero visitá-lo. Tadinho. É sujeito honesto perseguido”.

DEVO, NÃO NEGO
Nem Maluf, hábil em se safar de encrencas, pode explicar essa: ser obrigado a devolver R$ 21,3 milhões até o final do mês, 16 anos depois de o PT, hoje aliado, exigir na Justiça a devolução à prefeitura. 

SOLIDARIEDADE EM FLORES
Apesar da eficiência da ex-procuradora-geral da União Hélia Bettero no combate à corrupção, ela acabou demitida pelo ministro Luiz Adams (AGU). Os colegas a homenageiam mandando-lhe flores, muitas flores.

VALE DE LÁGRIMAS
Estranho país, o Brasil: enquanto o povo ri com a Justiça condenando os mensaleiros, os gabinetes do poder choram em Brasília. 

PODER SEM PUDOR

BOM DA CABEÇA

O governador do Ceará, Virgílio Távora, adorou ser aplaudido com entusiasmo ao chegar no Asilo de Pirangaba. A direção do hospício havia preparado uma bela festa para o governador, na esperança de que ele resolvesse suas eternas dificuldades financeiras. Em meio à festa, um assessor de Távora percebeu que apenas um doente não aplaudia seu chefe. Foi até o homem e perguntou por que ele não batia palmas. A resposta foi imediata:
- Porque eu não sou doido, oras.

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