domingo, setembro 23, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 23/09

Ampliação do Porto de Itapoá receberá R$ 750 mi

Apesar da discussão em torno dos limites de atuação dos terminais portuários privados, o Porto de Itapoá (SC) irá receber aporte de R$ 750 milhões para que sua capacidade seja quadruplicada.

O projeto de expansão da empresa, que tem como sócios o grupo Battistella, a Logz Logística Brasil e Aliança Navegação e Logística (do grupo Hamburg Süd), prevê que sua capacidade anual passe dos atuais 500 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) para dois milhões.

"Estamos aguardando o pacote do governo. Mas acreditamos que ele seja pró-ativo em relação aos privados, assim como foi com os aeroportos. Poderá haver uma liberação controlada", diz o CEO do porto, Patrício Júnior.

De acordo com a lei, os terminais privados devem operar carga própria e prestar serviços a outros apenas em casos de ociosidade. Os que movimentam principalmente mercadorias de terceiros precisam ser licitados.

A ampliação do terminal de Itapoá receberia inicialmente R$ 500 milhões. O valor foi alterado para que o berço de atracação passe de 630 metros para 1.200. A princípio seria para 1.050 metros.

Para aumentar a capacidade de movimentação de contêineres refrigerados (a principal mercadoria embarcada no porto é carne), serão instaladas 3.620 novas tomadas. Hoje são 1.380 pontos.

Mesmo com o impasse, a empresa espera começar as obras em 2013 e concluí-las em quatro anos.

ÁGUA DE BEBER

Tanto o consumo quanto o faturamento do mercado de água mineral subiram no primeiro semestre deste ano ante o mesmo período de 2011, segundo a Nielsen.

Parte do crescimento se explica pelo aumento no consumo de garrafas menores, de acordo com Felipe Carrera, da Nielsen.

O inverno quente e seco elevou em 20% as vendas das águas nacionais e importadas na Nestlé no mês passado em comparação com agosto de 2011, segundo Alexandre Carreteiro, diretor-geral da divisão de águas.

"É um acréscimo de milhões de litros em vendas."

A Minalba, por sua vez, teve em agosto, época de sazonalidade baixa, seu terceiro melhor mês em 2012.

Além da temperatura, a Crystal, da Coca-Cola, atribui seu aumento ao lançamento da marca em novos mercados, como o Nordeste.

SEM FRONTEIRAS EM ILLINOIS

Durante a visita ao Brasil do governador de Illinois (EUA), Pat Quinn, que chega hoje com 40 empresários, companhias americanas vão anunciar a doação de sete bolsas de estudo para o programa Ciência Sem Fronteiras do governo federal.

As bolsas do Estado totalizarão US$ 155 mil (cerca de R$ 313 mil). Só a Motorola Solutions Foundation, braço filantrópico da empresa de celular, doará duas, de US$ 25 mil (cerca de R$ 50 mil) cada.

Seguro por pincelada

As 3.000 obras expostas na 30ª Bienal de São Paulo tiveram R$ 250 mil pagos em seguro, segundo a organização do evento. Além do seguro das peças, o número inclui a responsabilidade civil, que abrange eventuais danos ao entorno e aos visitantes.

A Bienal não divulga o valor total dos bens da mostra.

Com cerca de 1.500 obras a menos, o seguro do evento anterior ficou em R$ 150 mil, segundo Rodolfo Viana, superintendente da Bienal.

A característica das obras é o que define o valor dos contratos. Fotografias, vídeos e instalações que podem ser destruídas após a temporada requerem apólices menores.

"Muitas obras de Bienal são menos museológicas", afirma.

Pinturas como as das exposições de Caravaggio e da arte impressionista do Museu D'Orsay, em São Paulo, se encaixam em outra categoria.

Seu seguro é medido prego a prego, desde que sai do museu de origem até o retorno, segundo Edson Toguchi, da Allianz Seguros, empresa que atua no segmento.

A Liberty é a seguradora das peças que fazem parte da exposição sobre Caravaggio. O valor do seguro é mantido em sigilo, mas as obras são avaliadas em cerca de R$ 500 milhões, segundo Luciano Calheiros, diretor da seguradora.

O Grupo Banco do Brasil Mapfre, responsável pela mostra dos impressionistas, não divulga números, diz o executivo Danilo Silveira. Para arcar com o montante, a seguradora teve de acionar uma rede internacional de resseguros.

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