quinta-feira, setembro 06, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“Deveria ser classificado como gestão tenebrosa”
Ministro Luiz Fux (STF) sobre a gestão fraudulenta no Banco Rural, do mensalão


ALIADO DE LULA É JULGADO NO EGITO POR CORRUPÇÃO

Começou no Cairo o julgamento de Farouk Hosni, ex-ministro da Cultura do falecido ditador egípcio Hosni Moubarak, acusado de roubar 2,35 milhões de euros dos cofres públicos egípcios. Farouk recebeu apoio do então presidente Lula e do ex-chanceler Celso Amorim para derrotar o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que ambos detestam, na disputa pela direção-geral da Unesco, órgão das Nações Unidas.

A FICHA DO DISTINTO

Antissemita (queria queimar livros de autores israelenses), Farouk Hosni é um dos ladrões impedidos de sair do Egito após queda do ditador.

CHANCE PERDIDA

Cristovam tinha condições de vencer a disputa na Unesco, mas só com apoio do governo brasileiro, que preferiu apoiar o egípcio corrupto.

SEM LIMITES

Celso Amorim, bajulador incorrigível, pilotou o boicote a Cristovam para agradar Lula, que demitira o senador do MEC com humilhação.

IMPORTÂNCIA

Era importante para o Brasil conquistar a Unesco, que investe muito em educação, cultura, ciência e tecnologia mundo afora.

DF DECIDE FECHAR O CAJE

O governo do DF decidiu varrer do mapa o Caje, centro de internação de menores infratores. O prédio será desocupado até o fim deste ano e depois implodido, num gesto simbólico do governador Agnelo Queiroz (PT) pondo fim à triste história da instituição, espécie de Febem do DF, marcada por rebeliões, assassinatos e superlotação. O fim do Caje foi ordenado pela Justiça, que deu prazo de dois anos ao governo do DF.

NOVO ENDEREÇO

A Caje funcionará no prédio, já sob reforma, onde ficava o CPP (Centro de Progressão Penitenciária), com capacidade para trezentos internos.

QUEM RESOLVEU

Chefe da Casa Civil, Swedenberger Barbosa, foi quem solucionou de uma vez o encalacrado “problema Caje”, a pedido de Agnelo Queiroz.

LUGAR PARA TODOS

Internos de mais de 18 anos vão para o Cesame, centro prisional no complexo da Papuda, acabando a superlotação no Caje.

DEU-SE O PREVISTO

Como esta coluna antecipou terça, o previsível ministro revisor Ricardo Lewandowski votou pela absolvição de Ayanna Tenório e Vinícius Samarane, ex e atual dirigente do Banco Rural, réus do mensalão.

POSSE POLÊMICA

Guido Mantega (Fazenda) empossa hoje o catarinense Ary Lanzarin na presidência do Banco do Nordeste, em Fortaleza. Nenhum governador – à exceção de Rosalba Ciarlini (RN), que vive com pires na mão – havia confirmado presença, incluindo o anfitrião Cid Gomes (PSB).

PSOL DIFERENTE

O coordenador-geral da campanha de Edmilson Rodrigues, líder nas pesquisas em Belém, Aldenor Junior, é famoso na cidade por já ter sido preso por corrupção e ter posado de algemas para todos os jornais.

MARCHA MILIONÁRIA

A “marcha pela educação” da CUT, ontem, em Brasília, teve trios elétricos, uma dezena de balões (R$ 2 mil para encher cada um), lanches etc. Por baixo, custou uns R$ 200 mil, sem contar passagens, hospedagem e ônibus para transportar o gado, ops, manifestantes.

QUORUM NEGADO

O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) ficou intrigado ao sair da última sessão da CPI do Cachoeira, suspensa por falta de quorum: deputados estavam no corredor, para negar o número mínimo de presentes.

MONOPÓLIO HOSPITALAR

Senador da Paraíba, Vital do Rêgo (PMDB) lavou a alma dos brasilienses denunciando o monopólio da rede hospitalar privada no DF, agora sob controle do banco BTG Pactual, sob a mais solene omissão de órgãos como o Cade e a Secretaria de Direito Econômico.

CPI NO MANÉ

Aliado de Agnelo Queiroz (PT), o PMDB não gostou do retorno do seu ex-chefe de gabinete, Cláudio Monteiro, ao governo do DF, como secretário da Copa. “É como trazer a CPI do Cachoeira para o Estádio Mané Garrincha”, disse um importante dirigente do partido.

NOS ARES DO PIAUÍ

O presidente da Anac, Marcelo Guaranys, se reúne hoje com os senadores Gim Argello (PTB-DF) e João Vicente Claudino (PTB-PI), em Brasília, para discutir o futuro do aeroporto de Teresina. 

QUEM É?

O senador Aloysio Nunes (PSDB), aliado de José Serra, pergunta no Twitter quem é o “verdadeiro Russomano”: o assanhado com musa no carnaval ou o “candidato arrumadinho” a prefeito de São Paulo. 


PODER SEM PUDOR

SEM VOTO, NEM PAPO

Delfim Netto lutava para que o general Ernesto Geisel o nomeasse governador de São Paulo, em 1978. O ministro Petrônio Portela, articulador político do governo, chamou Delfim para uma conversa:

- É decisão tomada: você não pode ser o governador de São Paulo.

- Mas isto é uma violência. Tenho sete anos de serviços prestados à revolução. Não posso aceitar este veto.

- Muito mais serviços à revolução, mais do que você ou eu, prestou o Carlos Lacerda. E foi tirado de campo - encerrou Portela.

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