sexta-feira, junho 08, 2012

Mensalão e eleições - CAROLINA BAHIA


ZERO HORA - 08/06

O início do julgamento do mensalão em agosto terá inevitável reflexo na largada das campanhas eleitorais. Lideranças petistas já lamentam que o maior escândalo envolvendo o governo Lula volte à tona com força total exatamente na largada oficial da eleição. O temor é que candidatos luladependentes, como Fernando Haddad, sejam convidados a opinar sobre o que ocorreu em 2005, provocando desgastes. Apesar da pressão dos últimos meses, havia ainda quem apostasse que o Supremo deixaria o caso para depois do pleito. Se isso ocorresse, no entanto, a mais alta Corte amargaria descrédito junto à população. A costura do presidente Carlos Ayres Britto com os demais ministros, que aprovaram o apertado calendário, não poderia ter sido mais correta. 

Pulando fora
Às vésperas do depoimento na CPI do encrencado Marconi Perillo, o Senador tucano Álvaro Dias  confessa que tem evitado falar ao telefone com o colega de partido: 
- Sabe como é, com esses celulares censurados... 
Dias estará amanhã em Porto Alegre, ao lado de Yeda Crusius, para um encontro com a juventude tucana. 

Consciência
O ministro Antonio Dias Toffoli ainda não decidiu, mas deveria se considerar impedido de participar do processo do mensalão. Além de ter sido advogado do PT e assessor de José Dirceu, a mulher dele foi advogada de um dos envolvidos. 

Recordar é viver
Se questionado na CPI, o governador Marconi Perillo terá todo o prazer em repetir que antes mesmo de estourar o mensalão, havia alertado o então presidente Lula de que deputados estavam recebendo propostas financeiras para passarem a integrar a base do governo. 

Correndo atrás
Na ânsia de estimular a economia, o governo vai ampliar as ações do Programa Brasil Maior. Na terça-feira, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) promove reunião para estender a desoneração da folha de pagamento a setores do agronegócio. 

PARA CONFERIR ali adiante Filé
A disputa pela presidência da Embrapa está tão acirrada, que a briga já chegou ao gabinete da presidente Dilma. O mandato de Pedro Arraes termina no dia 7 de julho, mas o PT já faz pressão para ficar com a vaga.

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