domingo, abril 22, 2012

Paulo Teixeira - ILIMAR FRANCO


O GLOBO - 22/04/12

O ex-líder Paulo Teixeira (PT-SP) é o nome preferido do líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), para assumir a relatoria da CPI. Na sexta-feira, o PMDB, que apoiava a escolha do ex-líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi consultado e deu seu aval à escolha. Teixeira é da ala petista que ocupa todos os postos-chave do partido na Câmara. Ele está no exterior e, por isso, o anúncio oficial de sua indicação será feito na terça-feira.

Cachoeira: a testemunha número um
A primeira testemunha a ser convocada pelo relator do Conselho de Ética, senador Humberto Costa (PT-PE), será o contraventor Carlinhos Cachoeira. Sua ida ao Senado deverá ocorrer na primeira quinzena de maio, a depender de liberação da Justiça. O presidente do colegiado, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), vai encurtar os prazos regimentais para acelerar o processo de Demóstenes Torres. Depois do dia 3 de maio, quando será apresentado o relatório preliminar, o conselho tem cinco dias para aceitar ou não o texto e iniciar a fase das testemunhas. Valadares tentará votar o relatório em apenas um dia.

"O PT criou a CPI para investigar a organização criminosa do contraventor Carlos Cachoeira. E seremos contra todas as ações que não atendam a este critério” 
— Rui Falcão, presidente nacional do PT

TÚNEL DO TEMPO. Antes de ser presidente do STF, o ministro Carlos Ayres Britto fez política partidária, como contou em seu discurso de posse. A foto acima é de um debate entre os candidatos à prefeitura de Aracaju (SE) nas eleições de 1985. Ayres, à direita da bancada vazia, de roupas claras, foi candidato pelo PDT. O governador Marcelo Déda (SE), à esquerda, de roupas escuras, foi o candidato do PT. Seu atual vice, Jackson Barreto (PMDB), que não foi ao debate, venceu as eleições.

Porta fechada
O relator do Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), tentou se reunir com a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) antes de apresentar seu texto. A ministra alegou que não tinha espaço na agenda para recebê-lo.

A missão
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN), pediu para o ministro Aldo Rebelo (Esporte), que foi relator do Código Florestal no primeiro turno, na Câmara, que conversasse com a presidente Dilma e a ministra Izabella Teixeira.

Operações suspensas
A Polícia Federal reunirá 400 delegados em congresso de quarta-feira a sexta-feira no Rio. Neste período, eles não farão nenhuma operação. Os dirigentes sindicais dos policiais federais planejam divulgar uma nota, ao fim do encontro, pedindo que a CPI do Cachoeira não seja corporativa e trabalhe com isenção. O texto também vai colocar nas contas do Ministério Público de Brasília e de Goiás o vazamento do inquérito da Monte Carlo.

Marco histórico
Amanhã, em Rosário do Catete (SE), a presidente Dilma e o governador Marcelo Déda dão início ao Projeto Carnalita, que prevê investimento de US$40 bilhões da Vale para produzir potássio. O orçamento do estado é de R$7 bi.

Na prancha
A CPI do Cachoeira combinou com a Comissão de Sindicância da Câmara que os primeiros a serem ouvidos serão o senador Demóstenes Torres e os deputados Sandes Júnior (PP-GO), Carlos Leréia (PSDB-GO) e Rubens Ottoni (PT-GO).

O EX-LÍDER DO GOVERNO no Senado Romero Jucá (PMDB-RR) não vai integrar a CPI do Cachoeira. Ele considera este trabalho incompatível com a função de relator do Orçamento da União para 2013.

FORA DA CPI. O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), confidenciou a aliados que vai ficar o mais longe possível dos trabalhos da CPI.

RECEITA. Experiente em CPIs, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) acha que é preciso evitar retrabalho na investigação. Ele quer que a Polícia Federal e o Ministério Público digam o que eles não conseguiram fazer e que deveria ser objeto das apurações.

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