terça-feira, março 06, 2012

Mais médicos - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 06/03/12


O governo Dilma quer ampliar o número de médicos formados no país. Os hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, ambos em São Paulo, e o Moinhos de Vento, em Porto Alegre, vão receber apoio federal para criar suas próprias faculdades de Medicina. Os cursos existentes nas universidades federais serão pressionados a abrir novas vagas. As medidas foram acertadas entre a presidente Dilma, na sexta-feira, e os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde).

O objetivo é atender o interior
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) apresentou, à presidente Dilma, uma lista de 553 municípios do interior do país que pediram a ajuda do governo federal para que tenham assistência médica. Para tentar solucionar o problema, os médicos recém-formados que aceitarem trabalhar um ano no interior, ou na periferia dos grandes centros urbanos do país, ganham um bônus de 10% quando fizerem a prova de residência médica. O benefício será válido para qualquer especialidade. Para resolver a problema de carência de médicos nesses locais, o governo se prepara para abrir o mercado para profissionais formados na América Latina

"O que chamou a atenção na pesquisa Datafolha, em São Paulo, foram os 30% de rejeição do José Serra”
— José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça

DUCHA FRIA. O baixo astral tomou conta do DEM diante da revelação de que Carlinhos Cachoeira, que explora bingos e máquinas caça-níqueis, deu uma cozinha de presente de casamento para o líder do partido no Senado, Demóstenes Torres (GO). A imagem do partido sai arranhada, sobretudo diante do discurso em defesa da ética adotado por seus dirigentes. Demóstenes tem se articulado para disputar a presidência em 2014, quando pretende se apresentar como um linha dura.

Violência
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado vota, quarta-feira, projeto que inclui o namoro, ainda que acabado, na abrangência da Lei Maria da Penha. Agressões cometidas por ex-namorado não estão sendo enquadradas na lei.

Governo perdeu
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) recebeu a informação de que a Câmara não aprovará o texto do Código Florestal que veio do Senado, como queria o governo. Vários itens, incluídos pelos senadores, serão suprimidos.

Os nós do Código Florestal
Relator do Código Florestal, o deputado Paulo Piau (PMDB-MG) negociava ontem a permissão para criar camarão em apicuns; a Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios de água destinados à geração de energia ou abastecimento público; e a permissão para reduzir de 80% para 50% a reserva legal quando o estado tiver mais de 65% de seu território ocupado por unidades de conservação e terras indígenas. O governo do Amapá quer retirar esse ponto do texto, enquanto o de Roraima quer manter.

Na pressão
O ex-senador Heráclito Fortes está sendo pressionado pelo DEM a disputar a prefeitura de Teresina (PI). Ele já foi prefeito da cidade. O DEM quer lançar candidatos em 19 capitais, num esforço para recuperar as perdas para o PSD.

Martelo batido
O secretário-executivo do Ministério das Cidades será Alexandre Cordeiro, da Controladoria-Geral da União. Ele tem formação em urbanismo e foi escolhido para sinalizar moralidade na pasta, que foi alvo de denúncias de irregularidades.

APESAR das turbulências no PMDB, o vice Michel Temer continua em alta com a presidente Dilma. No Planalto, o que se diz é que ele é o maior interessado em manter a aliança para se reeleger como vice.

O LÍDER do PMDB, Henrique Alves (RN), a despeito de divergências pontuais, como no Código Florestal, também é visto como fiel aliado, pois quer ser candidato a presidente da Câmara em 2013.

NO CASO do vice de Pessoa Jurídica da CEF, Geddel Vieira Lima, a avaliação é a de que "ele tem outra agenda": enfrentar o governador Jaques Wagner (BA).

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