quarta-feira, dezembro 21, 2011

CLAUDIO HUMBERTO

“É cheque em branco para um governo que demitiu seis por corrupção”
Senador Agripino Maia (DEM-RN), sobre a aprovação da DRU para o governo Dilma

COMPRA DE ARMAS DÁ ROLO NO RIO E EM BRASÍLIA

Conforme antecipou a coluna na segunda (21), a americana ArmaLite ganhou a licitação da Polícia Rodoviária Federal, de 300 carabinas calibre 5.56 por quase R$ 1,3 milhão. Mas não levou: a PRF decidiu cancelar, mas a representante em Brasília vai recorrer. Na Secretaria de Segurança Pública do Rio, também se deu mal: o Ministério Público investiga a compra de fuzis pelo dobro do preço de mercado.

MADE IN USA

Concorrentes apostam, nos bastidores, que a estratégia é essa mesmo: reconsiderar o recurso e dar vitória à americana no fim do ano.

PULO DO GATO

Um agente da comissão técnica da Polícia Civil do Rio que teria, digamos, “apreço” pela ArmaLite, até especificou a arma na licitação.

SURPRESA!

Guido Mantega (Fazenda) garantiu no Estadão que “o Brasil chegou ao fundo do poço em outubro e já saiu”. E deu de cara com... A China. 

‘HERMANA’

A presidente argentina Cristina Kirchner imitou ontem um dos piores momentos da ditadura brasileira: a invasão militar ao jornal Clarín.

MINISTRO DA DEFESA TOMA BRONCA EM RITUAL MILITAR

Segunda (19), após a apresentação dos generais promovidos, a mais rápida da História, Dilma saiu do local ao lado do servilíssimo ministro Celso Amorim (Defesa). Sem ter preocupação de ser ouvida pelos fotógrafos a poucos metros de distância, ela foi ríspida com Amorim: “P(*), quando for assim você tem que me avisar!”. Ele tentou disfarçar, retardando o passo e fingindo risada silenciosa, como se acabasse de ouvir piada, e não uma bronca federal. Mas foi inútil: todos ouviram.

OUVIDOS MOUCOS

Muito nervosa, a assessoria de Celso Amorim disse ignorar a bronca testemunhada pelos fotógrafos, e que “é ótima” a relação entre os dois.

CHÁ DE SUMIÇO

De papagaio de pirata manjado do ex-presidente Lula, Celso Amorim passou à condição de ilustre desaparecido no governo Dilma.

FIM DO MUNDO

Faltam 365 dias para o último dia do calendário Maia. E um pouco menos para selar a sorte de Cesar Maia na eleição municipal do Rio.

CEGO EM TIROTEIO

Promessa ainda não confirmada de liderança oposicionista, o tucano Aécio Neves (MG) passou pertinho de uns setenta jornalistas ontem, pelas 16h20, no Senado, e nem foi percebido. Tampouco os percebeu.

EM DEFESA DO CNJ

Em rara posição uníssona, de Ana Amélia Lemos (PP-RS) a Pedro Taques (PDT-MT), de Humberto Costa (PT-PE) a Pedro Simon (PMDB-RS), o Senado criticou a decisão do ministro Marco Aurélio (STF) de impedir que o Conselho Nacional de Justiça investigue magistrados.

ESVAZIAMENTO

A audiência pública de Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, foi esvaziada ontem no Senado. Da oposição, apareceram apenas Demóstenes Torres (DEM-GO) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

CORPO A CORPO

O presidente da Associação dos Juízes Federais, Gabriel Wedy, passou o dia ontem de gabinete em gabinete pedindo apoio aos líderes para incluir o reajuste do Judiciário no Orçamento da União.

COMEÇOU?

A célebre blogueira cubana Yaoni Sanchez anunciou, no Twitter, que vários exemplares do jornal oficial Granma foram queimados perto da Praça da Revolução, em Havana. “Queimaram rápido, de tão finos”.

DOR BRASILEIRA

O drama da carioca Miriam comove Loiret, centro da França: os pais juntaram as economias para tratar o raro tipo de epilepsia da jovem em 2007, mas o governo francês ameaça expulsá-los. Uma ONG de deficientes físicos apoia o caso na Justiça. Miriam já vai à escola.

ROMPIMENTO

O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) ameaça abandonar a base aliada do governador do DF, o petista Agnelo Queiroz. O senador ainda desdenha do próprio papel de aliado: “Eu nunca fiz parte mesmo...”.

LAMENTO

Houve no Brasil quem ficasse consternado com o falecimento do tirano Kim Jong-il. É o caso da ex-senadora gaúcha Emilia Fernandes, grande admiradora do regime da Coreia do Norte, que visitou várias vezes.

PERGUNTA NO FUNERAL

Aquela choradeira toda dos norte-coreanos no enterro de Kim Jong-il não foi gás lacrimogêneo? 

PODER SEM PUDOR

SOUZA DANTAS, O BREVE

O jornalista Raimundo de Souza Dantas era um discreto funcionário do Ministério da Fazenda, no Rio, e tinha algo que o diferenciava dos colegas: era amigo do presidente Jânio Quadros. Sonhava com a diplomacia. Jânio o nomeou embaixador em Gana (África), mas, três meses depois, renunciaria ao mandato, devolvendo Souza Dantas a sua salinha na antiga repartição. Do contínuo ao chefe, os cruéis colegas não paravam de ironizar:

– Bom dia, embaixador!

– Já bateu o ponto, embaixador?

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