domingo, novembro 27, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO



FOLHA DE SP - 27/11/11


Inadimplência no mercado de energia apresenta queda

O nível da inadimplência no mercado de energia de curto prazo no Brasil, que alcançou patamares preocupantes neste ano, caiu para o menor nível desde 2007, segundo dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

A liquidação financeira de setembro registrou inadimplência de apenas 1,87%, percentual próximo do piso registrado em dezembro de 2007, que foi de 1,13%.

Em volume, R$ 3,6 milhões restaram inadimplentes.

Em março, o percentual bateu em 56%, correspondente a mais de R$ 260 milhões.

"Entre as causas há o atraso dos geradores nos leilões", diz Luiz Barata Ferreira, presidente da conselho da CCEE.

O volume subiu quando alguns geradores venderam energia nos leilões recentes e não conseguiram entregar pois muitas usinas não entraram em operação por razões diversas, diz Leonardo Calabró, conselheiro da CCEE.

Estão inadimplentes hoje três consumidores livres e um gerador. O cálculo considera negócios feitos por todos os agentes. Podem ser geradores, distribuidores consumidores e comercializadores.

Para reduzir a inadimplência, além de renegociações, o mercado de curto prazo passou por processo de retirada de usinas.

A CCEE é responsável por fechar a conta do setor entre geradores e consumidores e organizar a liquidação quando um agente não apresenta lastro à energia que vendeu.

DE PARIS A SP

A marca de acessórios de couro Longchamp, que atuava no Brasil apenas por meio de uma loja, agora em reforma, vai ampliar a operação brasileira, que passa a se reportar diretamente à matriz parisiense.

Além da renovação da unidade no shopping Cidade Jardim, em SP, serão abertas lojas no Shopping JK e no Iguatemi em 2012.

Para tocar o projeto, veio de Portugal Filipe Tendeiro, que assume o novo cargo de diretor-geral no país.

"A Longchamp chegou aqui há cerca de três anos e cresceu. Sabemos pelo que está passando a Europa", diz. Após a expansão, São Paulo terá mais lojas próprias que Paris, origem da família fundadora.

"Na Europa, o mercado de multimarcas é muito forte", afirma.

ÀS COMPRAS

Londres é a melhor cidade da Europa para compras, segundo estudo da EIU (The Economist Intelligence Unit).

As espanholas Barcelona e Madri apareceram empatadas no ranking e deixaram Paris na quarta posição.

A pesquisa analisou as cidades em cinco categorias: lojas, preços, conveniência (horas que os estabelecimentos ficam abertos por dia, por exemplo), hotéis e transporte, clima e cultura.

Londres garantiu o primeiro lugar principalmente pela variedade de opções de lojas.

KIT PARA O INEVITÁVEL

O produto do banco já existia em outros países, mas até a diretora do private banking do Santander, Maria Eugênia Lopez, acreditava que um kit, que organizasse informações sobre bens, documentos e o que fazer em caso de morte, não seria bem recebido no Brasil. "O tema é tabu para alguns e o brasileiro não é de se antecipar a problemas", diz. Até que um cliente morreu. "A esposa não sabia o que tinha, não achava documentos, demorou para fazer o inventário e ficou sem dinheiro, até para o básico. O juiz impedia o banco de liberar os recursos." O kit trata até das últimas vontades do cliente. "Economiza tempo, problema e advogado."

O QUE ESTOU LENDO

Graça Foster, diretora da Petrobras

"Normalmente, tenho mais de cinco livros 'abertos' em tablet ou à cabeceira da cama", diz Graça Foster, diretora da área de gás e energia da Petrobras.

"Ainda prefiro a leitura com 'contato físico, do papel,' à do meio eletrônico. Mas, como viajamos muito, os eletrônicos ajudam", afirma ela.

No momento, Foster, que é engenheira química, com mestrado na área nuclear (UFF) e MBA em economia (FGV), lê oito obras, a maioria livros técnicos, como "Peak Oil", de Wiki Nicki, ou sobre gestão de carreira.

Uma das 50 executivas mais importantes do mundo, segundo o "Financial Times", Foster, que é muito próxima da presidente Dilma, com quem trabalhou, é um nome sempre lembrado em caso de substituição do atual presidente da companhia, Sérgio Gabrielli.

"'How the Mighty Fall: And Why Some Companies Never Give In', de Jim Collins. Devemos estar atentos à saúde das empresas e quando práticas que usamos tornam-se ineficazes." Já '"Risks and Reward', do Departamento de Energia dos EUA, me faz pensar sobre impactos ambientais à água potável. Para mim, o mais valioso combustível. Leio muitas vezes os bons capítulos."

"'How Remarkable Women Lead', de Joanna Barsh, Susie Granston e Geoffrey Lewis. Não consigo terminar essa leitura, pois acabo dando prioridade a textos mais técnicos. É 'light', sobre vida e competências de executivas", diz a diretora da Petrobras. "Excelente livro técnico, 'Economia da Energia', de Hélder Queiroz Jr., vez por outra desce da estante e toma lugar na minha mesa."

"'Crude: The Story of Oil', de Sonia Sarah, tem muito em comum com outros tantos que já li sobre o tema. É bom, um dia acabo de lê-lo", afirma a diretora Graça Foster. "'A Semente de Mostarda', de Osho, é um livro adorável. É um colírio para meus olhos e minha mente, demasiadamente técnicos. É a terceira vez que ele faz parte da minha cabeceira", conta ela.

com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ

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