terça-feira, novembro 15, 2011

CLAUDIO HUMBERTO

“Todos são ligados ao PCdoB, mas sem militância”

Ministro Aldo Rebelo (Esporte), ao anunciar a nova cúpula da pasta

SIGILO QUE PROTEGE POLÍTICOS CAUSA PERPLEXIDADE

Provoca perplexidade até em políticos, em especial nos chamados “operadores do Direito”, a emenda regimental proposta pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, determinando a ocultação de nomes de políticos e autoridades que respondam a processos na Corte. Os nomes e sobrenomes são substituídos por suas iniciais. Já são 152 os figurões “protegidos”.

ABUSO CONFIGURADO

“Quando não há restrição não tem motivo. Fora disso configura abuso. Tem que ser revista”, diz o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). 

TRANSPARÊNCIA 

O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcanti, lembra ao Supremo Tribunal Federal que “a transparência é essencial na democracia”. 

PAÍS DE IGUAIS? 

Para Ophir, ao criar exceções na regra de publicidade nos julgamentos, “o STF reconhece que no Brasil uns são mais iguais do que os outros”.

INTERESSE PÚBLICO

“Devem ser públicas informações de interesse público. Sou contrário à posição do STF”, diz o senador Pedro Taques (PDT-MT).

‘QUILOMBOLA’ IMPORTADO

Os “quilombolas” que requerem demarcação de terras na Comunidade Aguapés, em Osório (RS), se complicam. Surge suspeita de cartas marcadas. O secretário-geral da Associação Quilombola Morro Alto, Alain Adopo, é refugiado político da Costa do Marfim, sem qualquer ligação com a região. E Ieda Ramos, antropóloga que produz relatórios do grupo, é funcionária do Incra, que dá a palavra final sobre o caso.

QUÊ? 

A associação quer a desapropriação de inacreditáveis 4.500 hectares, na região onde 176 famílias cultivam a terra fazem seis gerações.

RISCO DE EXPULSÃO 

Cerca de 3.800 cidadãos de três cidades vizinhas, no litoral gaúcho, correm risco de virarem sem-terra por causa da jogada.

PAPEL PASSADO 

Pelo Decreto 4.887, basta alguém se declarar negro e se autoatribuir pedaço de terra para reivindicá-la. Ninguém foi achado no Incra ontem.

PARA QUÊ? 

O governo tirou R$ 500 milhões do financiamento de carros híbridos e os direcionou ao Programa Emergencial de Reconstrução de cidades, cujo fundo chegou a 

R$ 1,5 bilhão. No início do ano, a prefeitura da castigada Nova Friburgo (RJ) comprou Hilux, de R$ 150 mil. 

O MELHOR DOS MUNDOS

A multinacional www.global.remax.com vai anunciar imóveis de 60 países, além do Brasil. Será uma choradeira comparar o preço de um apartamento em Miami ao de outro similar em SP ou Rio.

CABEÇA DE PAPEL

Surpresa entre os 200 soldados do Exército que vigiarão a Reserva Biológica de Guaratiba (RJ). Em vez de táticas de combate, foram instruídos pelo Serviço de Guarda-Parques a apagar incêndios. 

SEM AMOLAÇÃO 

Na sua minirreforma, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) se livrou do secretário nacional de Esporte, Wadson Ribeiro, ex-braço de Orlando Silva, e padrinho da ONG Instituto Cidade, alvo da PF em Juiz de Fora.

SERVIDOR NO SPC

Dezenas de servidores públicos municipais da pequena Januária (MG) foram parar no SPC como inadimplentes. Atolada em dívidas, a prefeitura não repassou ao Banco BMG os descontos no contra-cheque dos funcionários por contratos de crédito consignado.

TEM PARA TODOS

Envolvido no suposto “escândalo do Detran” no governo Yeda Crusius (PSDB), Ariosto Culau comanda agora a Administração e Finanças da Anac, após altos cargos no Transportes e no Planejamento.



APESAR DE TUDO

Alvo da Interpol e réu no STF, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) está eufórico. Ligou para dirigentes do PP e agradeceu a filiação de 140 mil na legenda em todo o Brasil, mais de 33 mil só em São Paulo.

ROMBO NA FATURA

Sob risco de multa de R$ 1 milhão por reincidência, o Banco do Brasil foi proibido pelo CADE de manter o monopólio de crédito consignado para servidores estaduais. O BB domina o setor em oito Estados.

PENSANDO BEM... 

O problema do Congresso é que só o Popó foi eleito. Faltam o Junior Cigano, Anderson Silva e José Aldo para darem um jeito no plenário. 

PODER SEM PUDOR

PAC E POC

A guerra do PT para emplacar o deputado Arlindo Chinaglia (SP) na presidência da Câmara à época tinha outros objetivos fisiológicos, além da pretendida anistia ao ex-ministro José Dirceu. O então líder aliado Beto Albuquerque (PSB-RS) comparava a ansiedade petista ao PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) do presidente Lula: “Eles (petistas) defendem é o POC, Programa de Ocupação de Cargos. O resto é salamaleque.” 

Hoje sem mandato, Albuquerque continua aliado do governo.

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