segunda-feira, novembro 14, 2011

ANCELMO GOIS - Os votos de Nem


Os votos de Nem
 ANCELMO GOIS
O GLOBO - 14/11/11


A prisão de Nem e a chegada da UPP à Rocinha pode ter efeito na política interna na favela. A comunidade tem intensa atividade política, com várias facções.
Na União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha, Nem apoiava o grupo de Claudinho da Academia, morto em 2010. Na eleição, a entidade apoiou André Lazaroni para deputado estadual e Marcelo Sereno (ex-assessor de Zé Dirceu) para federal.



SAINDO DO FORNO
O escritor Luiz Fernando da Silva Pinto, vencedor de dois prêmios Jabuti, prepara o lançamento de seu novo livro, O trigo, a água e o sangue: as raízes estratégicas do Ocidente, pela Editora FGV. O autor pesquisou as civilizações que povoaram a Terra entre, acredite, 20.000 a.C. a 1.200 a.C. para falar de... sustentabilidade.

TEMPLO GIGANTE
O padre Marcelo Rossi, um sucesso editorial no Brasil, deu entrevista à revista Alfa deste mês e falou sobre seu santuário, que abrigará mais gente do que a Basílica de Aparecida e enfrentará, pelo tamanho, os templos pentencostais. Marcelo Rossi revela ainda quanto gastou na construção do templo: até agora, R$ 25 milhões (terreno e obra). Mas a estimativa é que o santuário consumirá ainda outros R$ 25 milhões.

DIA DE ÍNDIO
A 1ª Turma do TST manteve sentença que condenou o luxuoso River Jungle Hotel, de Manaus, a indenizar em R$ 150 mil um grupo de índios, além de pagar direitos trabalhistas referentes a vínculo empregatício entre 1998 e 2003. É que o hotel, por cinco anos, exibiu os índios como atração a turistas em troca de comida e R$ 100 por “show” (o valor era dividido entre os índios adultos).

SE LIGA, BOTAFOGO
O Juventus, da Itália, mandou um representante ao Brasil semana passada. Está de olho no lateral Mario Fernandes, do Grêmio, e no meia Elkeson, do Botafogo.

MINISTRO ERUDITO
Sábado, na véspera da tomada da Rocinha, Cabral teve uma reunião no Palácio Laranjeiras com o ministro Cardozo, da Justiça. Enquanto aguardava o governador, Cardozo se sentou ao piano do salão e surpreendeu. Tocou Beethoven, para a estupefação geral. Cabral chegou no meio do recital e puxou os aplausos e o coro de “bravo!”.

GUERRA INVENTADA
Nem todo mundo elogiou a tomada da Rocinha, ontem. A professora universitária Roberta Duboc Pedrinha escreveu um artigo para a Agência Nacional das Favelas em que chamou a operação de “sensacionalismo caro com a invenção de uma guerra”. Há controvérsias.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Os soldados que vasculham a Rocinha carregam um GPS de última geração. De uma central improvisada no 23 BPM, pode-se acompanhar onde cada um está.

MULHERES NA GUERRA...
Aliás, à frente dessa central estavam ontem Marlisa Amorim Neves, do Bope, Tatiana Querido Soares, do Batalhão do Leblon, Marisa Dreys, da Polícia Rodoviária Federal, e a chefe de Polícia, delegada Martha Rocha.

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