terça-feira, setembro 27, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


Mercado livre ganha consumidor de 'menor porte'
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 27/09/11

O mercado livre, que representa os grandes consumidores de energia, recebeu novos membros, que migraram do mercado cativo com maior intensidade nos últimos anos.
Os chamados "consumidores especiais", que só precisam de 0,5 MW de demanda contratada para atuar no mercado livre, registraram aumento de 30% no consumo entre julho de 2010 e julho deste ano, segundo Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc, gestora e comercializadora de energia.
O volume total de consumo deste grupo subiu de 810 MW para 1.040 MW no período. Entre os livres, a alta foi de apenas 1%, para 9.137 MW.
O consumidor livre precisa ter uma demanda de 3 MW para que possa contratar energia de qualquer gerador.
Já os especiais podem atuar neste mercado com 0,5 MW, desde que consumam de fontes de energia renovável. O grupo saltou de 194 em 2008 para 508 neste ano, enquanto os livres saíram de 459 para 496.
"Ao aumentar a demanda por energia renovável, esse consumidor estimula a oferta e, consequentemente, fomenta o desenvolvimento dessa matriz no Brasil", afirma Vlavianos. Entre os consumidores especiais que aumentaram sua presença no mercado livre estão shoppings e indústrias de baixo consumo.
O movimento estimulou debate em torno da regulamentação o setor, segundo Lúcio Reis, da Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia).
"Uma nova regulamentação, que está em discussão, instituiria o comercializador varejista, que poderia facilitar a interface entre esses pequenos consumidores, tão numerosos, e a CCEE [câmara de comercialização]", diz.

Apetite... A rede de comida italiana Spoleto pretende dobrar o número de lojas na Grande São Paulo e no interior do Estado. Hoje há 35 lojas nessa região e estão previstas quase 70 até 2013 no modelo de franquias.

...italiano A rede está focada em cida­des com renda per capita aci­ma de R$ 8.000 por ano e população superior a 150 mil habitantes. Os investimentos envolvidos são de cerca de R$ 10 milhões.

Preço do interior O valor do metro quadrado em Campinas (SP) chega a custar R$ 8.000 em alguns bairros, como Cambuí, de acordo com estudo da Lello. A valorização imobiliária na cidade foi de 40% nos últimos dois anos.

Saúde Laboratórios associados à Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) produzem 43% dos genéricos no país, segundo a consultoria IMS Health.

Chimarrão A imobiliária gaúcha Guarida Imóveis começará a trabalhar com franquias. A empresa pretende abrir 94 agências no Estado, o que deve movimentar cerca de R$ 10 milhões.

Crédito O Ibmec criou um departamento para trabalhar o crédito estudantil. Em cinco anos, o grupo espera que 15% de seus alunos participem de programas de crédito. Os estudantes poderão financiar o curso inteiro e terão o dobro do prazo normal para pagar.

Formatura< A Gol e o Grupo Forma, controlador da operadora Forma Turismo, fecharam acordo de US$ 2 milhões (cerca de R$ 3,6 milhões) para o fretamento de 22 voos por semana para Porto Seguro (BA) entre setembro e outubro.

NERVOS DE AÇO

A Saint-Gobain do Brasil Divisão Cerâmicas passa a atuar em um segmento onde ainda não trabalhava, com o fornecimento para o mercado de aciaria na indústria siderúrgica. Com investimento de R$ 25 milhões, o complexo da empresa em Vinhedo (SP) terá uma nova fábrica, que entra em operação ainda neste ano.
A unidade será destinada à fabricação de refratários de magnésia-carbono para aciarias das usinas siderúrgicas.
Está prevista uma segunda fase para os próximos três anos, segundo Alonso Kafer, diretor-geral da empresa.
"Vamos produzir 24 mil toneladas por ano de refratários nesta primeira etapa. Na segunda, podemos adicionar mais 20 mil toneladas", diz. O processo de aciaria é a transformação do ferro gusa em diferentes tipos de aço, segundo a empresa.

HOTEL CORPORATIVO

O Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba (BA) investirá cerca de R$ 25 milhões na construção de um centro de convenções.
A inauguração do novo espaço está prevista para ocorrer em outubro de 2012, de acordo com o diretor da unidade, Heber Garrido.
"Esperamos recuperar o investimento em até nove anos, pois a nossa margem de lucro nos eventos não costuma ser muito alta, é de cerca de 25%", afirma Garrido.
Com o novo centro de convenções, a expectativa do hotel é que, até 2014, os eventos corporativos sejam responsáveis por 60% de sua ocupação anual. Hoje esse índice é de cerca de 50% e, em 2009, era de 30%.
"O crescimento deste setor é uma tendência do mercado", diz Garrido.
Até setembro deste ano, o hotel diz ter faturado R$ 17 milhões com eventos corporativos, o dobro do registrado durante 2010.

BOA VIZINHANÇA

Cerca de 60% das empresas que atuam na América Latina consideram a possibilidade de realizar recrutamento internacional até 2015, ante apenas 20% em 2007, segundo estudo da Brain (Brasil Investimentos e Negócio).
O índice chega a 56% na Europa e a 48% na América do Norte.
O trabalho também aponta que a entrada de estrangeiros no Brasil é considerada complexa, pois "a legislação e os processos de imigração são protecionistas em relação à mão de obra nacional".
A Brain é uma entidade voltada para a consolidação do Brasil como polo internacional de investimentos e negócios e possui 13 associados, como BM&FBovespa, Anbima, Febraban, Fecomércio, Citibank, HSBC, entre outros.

DESEMPENHO MINEIRO

Belo Horizonte, Uberlândia, Nova Lima, Juiz de Fora e Uberaba são as cinco cidades mais competitivas de Minas Gerais, de acordo com estudo do Sebrae-MG.
Entre os quesitos avaliados, as cidades tiveram melhor desempenho no quadro social, que engloba mortalidade infantil e taxa de analfabetismo, entre outros índices. A média foi de 88,74 (acima de 80, a competitividade é muito alta).
O pior resultado dos municípios foi no índice de capacidade de alavancagem do governo, que inclui a participação da arrecadação tributária na receita. As cidades obtiveram 46,46 de média (nível médio de competitividade).
A pesquisa ainda analisou a performance econômica das cidades (PIB per capita e taxa de emprego, entre outros), o suporte aos negócios (diversificação da economia e número de bancos oficiais, por exemplo) e a infraestrutura.

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