terça-feira, setembro 27, 2011

CLAUDIO HUMBERTO

“Se me desrespeitarem e me esculacharem, vão ter o troco”
DEPUTADO ROMÁRIO (PSB-RJ), AVISANDO OS COLEGAS QUE NÃO LEVA DESAFORO PRA CASA

IPI: NACIONALIZAÇÃO DE 65% PODE SER FLEXIBILIZADA 
O governo federal estuda flexibilizar a exigência mínima de 65% de conteúdo nacional, na indústria automobilística, para dispensar o acréscimo de trinta pontos percentuais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que passou de 7% para 37%. A ideia é dar um prazo de carência para as empresas que se instalem no País, “escalonando” gradativamente a exigência de nacionalização até alcançar os 65%.

ASSIM É... 
O decreto governamental exige 65% de nacionalização das peças de pelo menos 80% dos veículos montados em uma mesma empresa.

...SE LHE PARECE 
É só lorota para proteger “carroças” made in Brasil: o cálculo dos 65% será feito com base no preço final do carro, não no número de peças.

A ‘TEORIA’ É OUTRA 
O Sindipeças estima que na prática o índice de nacionalização em carros vendidos no Brasil será de cerca de 20%.

NEM AÍ 
O governo não está preocupado com desempregados no setor que vende carros importados. Acha que serão absorvidos pelo mercado. 

DF: OBRA DE CENTRO ADMINISTRATIVO CAUSA REVOLTA 
Continua provocando revolta entre urbanistas, pioneiros e arquitetos, como Carlos Magalhães, que representa Oscar Niemeyer em Brasília, a construção de um centro administrativo que pretende transferir o poder local para Ceilândia, cidade a quase 30 km da capital. A obra é do consórcio da Odebrecht, que ganha todas no governo federal, com Via Engenharia, que ganha todas no DF, incluindo o Estádio Nacional.

SOB SUSPEITA 
Concebido pela dupla Rogério Rosso-Durval Barbosa, ex-presidentes da Codeplan, o centro administrativo foi “licitado” no governo Arruda.

GRANDE NEGÓCIO... 
Carlos Magalhães acha que o centro administrativo é coisa de quem não gosta de Brasília, mas aprecia grandes negócios.

...E LUCRO GARANTIDO 
Suspeita-se que antes de ser anunciado o centro administrativo, as áreas disponíveis na região foram compradas por empresas e laranjas.

OS ESPECIALISTAS 
Está tudo dominado: Marcelo Leal Oliveira, advogado de Fernando Sarney, e Marcelo Leonardo, defensor de Marcos Valério, réu no caso do mensalão, foram nomeados pelo presidente do Senado, José Sarney, para a comissão que vai redigir o anteprojeto do Código Penal.

JUSTA CAUSA 
O Ministério do Trabalho merece demissão por justa causa. Indagado sobre o desemprego, informa não ter os dados, somente os de geração de emprego. Em eventual crise, o governo será o último a saber.

SOL COM PENEIRA 
A direção da Agência de Aviação Civil (Anac) censurou em seu clipping a notícia desta coluna sobre a armação para fazer da empresa EBP vencedora da disputa para fazer editais de privatização de aeroportos.

EM REDE 
Dados da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dão conta de que 14 milhões de computadores serão vendidos só este ano no Brasil. O país conta hoje com 68 milhões de usuários diários da internet. 

ADEUS OBA-OBA 
Quem manda no mundo e acerta previsões acredita que o Brasil só crescerá 3,5% este ano, e 3,3% ano que vem. É o que anunciou o Instituto de Finanças Internacionais, que reúne 450 grandes bancos.

LONGE DA SALA 
Há oito dias, a professora Marilda Araújo, 59, e o técnico em Educação Abdon Guimarães estão em greve de fome na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A greve já foi julgada ilegal. 

CONTRAMÃO 
Os veículos da Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que conduzem fiscais nas estradas privatizadas, pagam pedágio às concessionárias. O serviço de ambos continua ruim. E muito caro.

LIGAÇÕES PERIGOSAS 
A chefe da consultoria jurídica do Ministério dos Transportes, Yolanda Corrêa Pereira, é testemunha no processo de Cobrança de Honorários Advocatícios em favor de Vera Carla Nelson, uma ex-juíza de Manaus. Curiosamente, as duas são ligadas ao ex-ministro Alfredo Nascimento.

PERGUNTA ALOPRADA 
Se existissem e fossem instalados detectores de drogas nos portões de entrada, haveria Rock In Rio? 

PODER SEM PUDOR 
O PAPA CATARINENSE 
Américo Farias teve 120 mil votos em 2,5 milhões, quando em 1986 se candidatou ao Senado por Santa Catarina. Quatro anos depois, tentaria o governo do Estado pelo PRN, mas ninguém acreditava nas suas chances. Certa vez, ao encontrar em Rio do Sul um candidato a deputado, Alexandre Traple, Farias encheu o peito: “Você está falando com o futuro governador!”. Traple não perdeu a piada, respondendo em italiano:
– Piacere, io sono il Papa (Prazer, eu sou o Papa)!...

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