sexta-feira, julho 01, 2011

ILIMAR FRANCO - Costura prévia

Costura prévia 
ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 01/07/11

O governo Dilma negociou na Câmara mudanças na medida provisória da Copa, que cria o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), para atender aos senadores governistas. Foi o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), quem sugeriu que fossem feitas mudanças na Câmara. “A maior transparência, a divulgação do preço logo após a licitação e a redução dos poderes da Fifa e do COI foram aprovados a nosso pedido. Para facilitar a rápida votação no Senado”, conta Jucá.

Criação do PSD de vento em popa
O PSD vai se registrar nos TREs de 16 ou 17 estados entre os dias 15 e 20 de julho. O pedido de registro será acompanhado de 500 mil a 600 mil assinaturas de apoiamento certificadas. O prefeito Gilberto Kassab (São Paulo) planeja fazer a primeira convenção nacional e registrar seu primeiro diretório nacional no TSE na primeira quinzena de agosto. O partido teria hoje 43 deputados e dois senadores. Mas há outros esperando para embarcar no PSD. Sobre as ações para impedir sua criação, Saulo Queiroz minimiza: “Vai tudo muito bem. Se o
PMDB, o PT e a presidente Dilma estivessem contra nós, seria mais difícil; mas se o nosso adversário é o DEM não dá para ficar com medo”.

"Quero fazer uma confissão. Em 94 e 98, muito trabalhei para tirar uns votinhos teus nas eleições presidenciais, mas foi difícil” — Marco Maia, presidente da Câmara (PT-RS), na comemoração dos 80 anos de FH

ESFINGE. Na comemoração dos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ministro Nelson Jobim (Defesa) elogiou o bom humor do tucano que, segundo ele, era usado nos momentos difíceis do governo para distensionar o ambiente. “Nunca levantou a voz nem criou tensão entre os que o assessoravam”, lembrou. E, citando Nelson Rodrigues, disse: “De uns tempos pra cá, os idiotas perderam a modéstia”.

Bom humor
Comemorando seus 80 anos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso brincou ontem, em encontro com parlamentares no gabinete do presidente do Senado , José Sarney (PMDB-AP): “Falem mais alto. Estou ficando surdo”.

Coisa de pele
Na briga pelos royalties do petróleo, governadores de estados não produtores que são amigos do governador Sérgio Cabral não querem esticar a corda. Dizem que estão preocupados com o momento de “fragilidade” de Cabral.

Gracejos
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), estava sentado ontem ao lado do ex-presidente Fernando Henrique, em reunião fechada, pouco antes da solenidade em comemoração dos 80 anos de FH. Quando os fotógrafos chegaram, Sarney fez questão de trocar de lugar com o vicepresidente Michel Temer. “Olha a experiência. É para comprometer o Temer”, brincaram os peemedebistas Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, aos cochichos.

Partilha
Vem aí o acordo sobre a divisão dos royalties do petróleo. Os não produtores reconhecem que os produtores merecem tratamento diferenciado. E os produtores concordam em dividir o bolo desde já. No scritp: a União paga o acordo.

Mui amigo
Os parlamentares do Rio dizem que o governador Geraldo Alckmin (SP) é aliado dos estados produtores de petróleo no pré-sal, no qual ele também será produtor. Mas que no póssal sua aliança é com os estados não produtores.

 EMPREGO. O ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) foi nomeado para o conselho de empresa controlada pela Cemig, a estatal mineira de energia.
 SOBRE a reunião de governadores para tratar dos royalties do petróleo fala o governador Eduardo Campos (PE): “Quebramos o clima de conflito que marcou a votação dos royalties no Congresso”.
● FUGINDO de dar sua opinião sobre a participação do BNDES na operação Pão de Açúcar-Carrefour, o governador Marcelo Déda (SE) se divertiu: “O especialista neste assunto é o Eduardo Campos, fala com ele aqui do meu lado”. E passou o telefone.

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