quarta-feira, fevereiro 09, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Venda de frango para Egito cresce 235%
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 09/02/11

O desabastecimento de carne de frango no Egito, decorrente da crise política vivida pelo país, impulsionou a compra desse produto brasileiro em janeiro deste ano.
O crescimento das exportações do setor foi de 235%, na comparação com o mesmo mês de 2010, de acordo com a Ubabef (União Brasileira de Avicultura).
"Há um elevado nível de desabastecimento no Egito e eles estão gostando dos produtos brasileiros", afirma o presidente-executivo da Ubabef, Francisco Turra.
O aumento das exportações ocorreu mesmo com a cautela de alguns produtores, que preferiram procurar outros mercados, diz Turra.
Produtores de carne bovina também afirmam buscar novos compradores. Carregamentos que estavam em portos egípcios foram enviados para Argélia, diz Antônio Jorge Carmadelli, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes.
A tendência é que a agropecuária brasileira se beneficie ainda mais quando a situação se normalizar na região, diz o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Salim Schahin.
"É uma região árida, com perspectivas difíceis no setor de alimentação. A proximidade política com o Brasil facilitará o aumento das exportações", afirma Schahin.
A compra de produtos brasileiros pelos 22 países representados pela câmara cresceu 58,7% em janeiro de 2011, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

PÃO E CHOCOLATE
A Casa do Pão de Queijo e a marca O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo abrirão lojas conjuntas em São Paulo nos próximos dois meses. As duas empresas, que fazem parte do grupo CPQ Brasil, também devem abrir unidade conjugada em Curitiba. "Com a estratégia, atuamos em dois segmentos sem perder as peculiaridades", diz o presidente do grupo, Alberto Carneiro Neto. Além dessas lojas, a Casa do Pão de Queijo pretende inaugurar mais 30 unidades e 110 postos neste ano. Boa parte deles ficará em empreendimentos de cidades de médio porte, segundo Carneiro Neto. "Não há mais muitos shoppings para abrir negócio na capital." O investimento médio para abertura de cada unidade é de R$ 125 mil a R$ 200 mil. O grupo pretende comprar outras marcas alimentícias, diz Carneiro Neto.

PERGUNTA AOS UNIVERSITÁRIOS
Dos 7.000 clientes do crédito universitário Itaú Unibanco, 80% são a primeira pessoa da família a cursar uma faculdade.
A linha está disponível em 30 grandes grupos educacionais parceiros do banco, em 24 Estados.
Os estudantes pagam metade da mensalidade durante o curso e a outra metade após o seu término.
Entre os grandes bancos privados, apenas o HSBC também financia estudos de graduação. Santander e Bradesco têm linhas voltadas para MBA e pós-graduação.
Caixa Econômica e Banco do Brasil gerenciam o Fies (programa de financiamento do governo).
Não há levantamento de outros bancos sobre quantos estudantes são os primeiros de suas famílias a cursar o ensino superior.

Expansão 
O Walmart Brasil inaugura nesta semana duas unidades da bandeira TodoDia, em São Paulo, com investimento de R$ 8 milhões. Com os empreendimentos, a bandeira totaliza 31 lojas no Estado. No país, são 129 lojas.

Croissant
 
O escritório de advocacia empresarial Siqueira Castro vai assinar, no dia 16, um acordo de cooperação com o escritório francês Fidal. A parceria prevê o intercâmbio de profissionais entre as bancas e pretende facilitar o fluxo de negócios Brasil-França.

Milhagem 

A Gol criou uma gerência para concentrar projetos e produtos destinados à classe C, que representa 47% de seus passageiros. A empresa estima que pelo menos 128 milhões de brasileiros teriam condições de comprar passagens aéreas, mas apenas 17 milhões o fazem.

Serpentina 
Os passageiros de cruzeiro marítimo deverão gastar R$ 8,9 milhões durante o próximo carnaval, segundo a Abremar (associação do setor). São esperados 44,5 mil turistas.

Reflexão econômica
Em "O Valor de Nada" (Zahar, 240 págs), que será lançado no Brasil no dia 18, o economista Raj Patel discute o que está por trás do preço dos produtos. No livro, que ficou na lista de mais vendidos do "New York Times", o ex-professor de Yale, que trabalhou no Banco Mundial, questiona se o mecanismo da oferta e da procura é o mais justo para definir o custo das mercadorias.

SEGURO ITINERANTE

O Grupo Mapma, que atua em consultoria e corretagem de seguros, vai colocar escritórios ambulantes para rodar nas ruas do Rio de Janeiro. Com o objetivo de aumentar a capilaridade da empresa, um contêiner equipado com ar condicionado e computadores servirá de ponto de venda para seguros de vida, de automóveis, residencial e outros produtos. O veículo ficará estacionado em locais como universidades, pátios ou garagens de redes varejistas. A meta é aproveitar o aquecimento do consumo. "Precisa de cerca de três vagas de estacionamento e um ponto de luz", afirma Marcio Prado, presidente da Mapma. A empresa, que tem sede no Rio e filiais no Espírito Santo e em Brasília, estuda levar o modelo de comercialização para outros locais.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION e ANDRÉA MACIEL

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