domingo, janeiro 23, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Mercado de seguros contra desastres naturais ainda é pequeno no Brasil
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 23/01/11

A tragédia na região serrana do Rio ilustra a falta de cultura de compra de seguro no país, tanto pelos governos como por pessoas físicas.
Apenas cerca de 10% dos domicílios no país são segurados, segundo empresas do setor. Por parte dos Estados, além de patrimônios, não se fazem contratos de seguros para cobrir extensas áreas.
Os recentes deslizamentos devem contribuir para o aumento da demanda.
"Não há no Brasil o conceito de governos contratarem seguro para catástrofes por mudanças climáticas, até porque o país não tem históricos de eventos como furacões, ciclones e terremotos", diz Marcelo Elias, da Marsh.
Já há no Brasil multinacionais que fora do país atuam com modelos de apólices para esse tipo de cobertura, de acordo com Elias. Mas, para vender aqui, os valores seriam adaptados à realidade brasileira.
"Os estudos levam em consideração o risco e o potencial de gravidade. Uma coisa é um evento desses na Austrália, com um governo que prevê e alerta a população, outra coisa é aqui."
Rolf Steiner e Nikhil Victoria Lobo, executivos da Swiss Re, citam casos em que a empresa atuou para a cobertura de desastres naturais com a participação de governos no México, no Haiti por governos do Caribe, e nos Estados Unidos, no Alabama.
Os recursos podem ser investidos em custos emergenciais, socorros, reconstrução e infraestrutura.

Sinistros ficam abaixo do esperado

As seguradoras prepararam esquema especial para vítimas das chuvas no Rio de Janeiro, mas o registro de sinistros está abaixo do esperado, segundo as empresas.
"A soma de sinistros não é tão grande, pois há locais sem luz", diz Edison Kinoshita, diretor da SulAmérica .
"As pessoas ainda não se mobilizaram para fazer os pedidos", afirma Ney Dias, diretor da Itaú Seguros, que disponibilizou telefone exclusivo para seus clientes.
Em Nova Friburgo, os guinchos da Porto Seguro recolhem todos os carros sob escombros, porque não dá para identificar quais são segurados, segundo o superintendente Milton Oliveira.
A Allianz repetiu a ação adotada nas enchentes em Blumenau (SC), em 2008, e renovou até 27 de janeiro os contratos que acabavam a partir do último dia 12.
"Clientes e corretores podem ter perdido documentos", explica o diretor-executivo de sinistros, Laur Diuri.
A empresa enviou despachantes para a região serrana, assim como a Bradesco Seguros, para ajudar clientes a obter novos documentos.

TOP MODEL DE NEGÓCIOS
A primeira edição do Salãocasamoda de 2011 acontecerá simultaneamente ao São Paulo Fashion Week, a partir de 27 deste mês.
A escolha de uma outra data não faria sentido, segundo o sócio-curador do evento, Amir Slama.
"SPFW é o grande organizador do calendário da moda no Brasil por ser um divisor de águas", diz Slama.
A expectativa dos organizadores é que as vendas cheguem a R$ 60 milhões.
"Os salões começam a ser destaque comercial no país, como acontece no exterior. Isso mostra amadurecimento do setor", diz Slama.
Na época do SPFW, muitos lojistas viajam para São Paulo, mas não veem desfiles, pois o que importa para eles é mexer nas roupas, segundo o sócio-curador.

Marcos Bicudo, presidente da Philips
O executivo lê "Cristianismo Puro e Simples" (ed. WMF, 336 págs.), do escritor C. S. Lewis.
A obra reúne uma série de palestras dadas pelo autor no rádio durante a Segunda Guerra Mundial.

boa aparência

As companhias estão cada vez mais preocupadas em harmonizar a imagem dos colaboradores com a da empresa. Algumas recorrem a consultorias, outras, como as do setor aéreo, distribuem guias de identidade visual.
"Fazemos um estudo da imagem. Desde o uniforme ao cuidado com a pele, maquiagem, penteado e acessórios", diz Maria Paulina Kwasniewski, responsável pelo centro técnico da Payot.
O grupo Fleury tem há anos parceria com a Payot. "Queremos que o cliente perceba que a empresa tem preocupação com o bem-estar da aparência física", afirma Rita Braghetti, responsável pela Universidade Corporativa Fleury.
Os homens não ficam de fora. Para ajudá-los no dia a dia, são orientados cabelos curtos e barba feita diariamente. Eles aprendem três nós de gravata.
"A imagem da empresa fica mais homogênea, dá equilíbrio", diz Kwasniewski.

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