domingo, dezembro 12, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Brasil se torna o 9º maior parceiro comercial da China 
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 12/12/10


O Brasil se tornou o nono principal parceiro comercial da China em novembro, graças principalmente à alta das vendas do país asiático para o mercado brasileiro.
De janeiro a novembro, o fluxo de comércio entre os dois países (exportação mais importação) soma US$ 56,7 bilhões, aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para ter uma ideia do incremento das relações comerciais entre os dois países, em 2007, o Brasil era o 19º que mais comercializava com a China e, em julho deste ano, entrou para o rol dos dez maiores parceiros, ultrapassando a Rússia.
No mês passado, o Brasil passou a Índia.
O preocupante é que, embora o fluxo continue favorável ao Brasil, as exportações da China estão crescendo em um ritmo muito mais rápido que as importações.
As vendas chinesas para cá se expandiram em 78% nos 11 primeiros meses deste ano, o resultado mais forte entre os vinte maiores parceiros comerciais e mais que o dobro da média geral (33%).
Já a compra de produtos brasileiros avançou 33%, em um ritmo mais lento, portanto, que o da média das importações do principal motor da economia global: 40%.
Pelos critérios chineses, o Brasil tem superavit de US$ 12,7 bilhões com a China até novembro, ou US$ 1 bilhão a menos que em 2009.
As importações chinesas do Brasil são basicamente de commodities: o país é o principal comprador de minério de ferro e soja brasileiros. E as exportações são formadas por manufaturados, como celulares e telas de LCD.

Novo sistema de carro chama socorro sozinho 

A Volvo vai trazer ao Brasil um modelo de segurança que possibilita que o próprio carro peça socorro, em caso de desmaio do motorista.
O sistema "On Call", instalado no painel do veículo, faz comunicação via satélite.
Contatada pelo cliente, a central da Volvo chama guincho e ambulância. Se o acidente acionar o airbag, o veículo faz a ligação automaticamente. Caso a vítima não responda ao chamado do call center, o socorro é enviado.
Em eventual elevação da temperatura, um bombeiro também é chamado. À distância, a empresa rastreia o carro, corta o combustível e destrava a porta quando a chave foi esquecida dentro.
A montadora sueca, que inventou o cinto de segurança de três pontos, se diz ligada a proteção.
"Tem de entender a Suécia para saber por que fazemos isso. Lá, a sensação de proteção é muito importante. É difícil ser feliz quando não se está seguro", diz o presidente da Volvo no Brasil, o sueco Anders Norinder.
O Brasil é o primeiro país fora da Europa e dos Estados Unidos a ter o sistema. A partir de janeiro, todos os carros da marca, vendidos no Brasil, terão o serviço, que, no mundo desenvolvido, é opcional. Outros 14 países já possuem a tecnologia, lançada em 2001 na Suécia.
"Não lançamos antes aqui porque ainda não havia infraestrutura tecnológica no país e escala suficientes."
Para 2011, a meta é vender 5.000 carros no Brasil, mais que o dobro dos 2.400 importados neste ano.
"A classe média alta está crescendo. Hoje são 400 mil clientes no Brasil que compram carros de mais de R$ 60 mil", afirma Norinder.

CRIAÇÕES DA EMPRESA 
EM SEGURANÇA 


1959 
Cinto de segurança de três pontos 

1964 
Cadeirinha infantil voltada para trás 

1994 
Airbags contra impactos laterais 

2004 
Câmera de ponto cego 

2010 
Detector que freia quando um pedestre atravessa 

IATE ARTESANAL 
A italiana Euroyacht, fabricante de iates de luxo artesanais, vai começar a operar no Brasil.
A empresa, que produz apenas duas ou três embarcações por ano, leva cerca de 18 meses para finalizar a construção de cada uma.
Nenhuma decoração é igual a outra, segundo Massimo Nelli, presidente da Euroyacht, que veio ao Brasil para prospectar negócios.
Uma unidade acaba de ser vendida no país, e a meta é comercializar mais três embarcações nos próximos três anos. Custam em média € 15 milhões.
A companhia também oferece rotas de cruzeiros particulares, feitos na esquadra própria de iates.
O serviço, que deve começar no Brasil a partir do segundo semestre do ano que vem, chega a custar cerca de € 50 mil, na Europa, para até 13 viajantes.

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