terça-feira, outubro 05, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Santo Antônio pede à Aneel maior potência na usina 
Maria Cristina Frias 

Folha de S.Paulo - 05/10/2010

A Santo Antônio Energia entrou na semana passada com pedido na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para ampliar a potência da hidrelétrica, no rio Madeira, em Rondônia, segundo Eduardo de Melo Pinto, presidente da empresa.
A companhia quer aumentar de 44 para 48 turbinas, o que representa um acréscimo de cerca de 160 megawatts na geração de energia.
Representantes das duas hidrelétricas em obras na região, Santo Antônio e Jirau, estiveram reunidos ontem na agência para discutir o aumento de motorização em Santo Antônio.
A Aneel não comentou os resultados do encontro.
A agência já havia autorizado a Santo Antônio a antecipar em um ano o início da geração, antes previsto para dezembro de 2012.
De início, serão colocadas em funcionamento apenas oito das turbinas, segundo a companhia.

SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS

Entre 8% e 10% dos R$ 14 bilhões investidos na usina hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, vão para compensações ambientais e sociais, segundo Eduardo de Melo Pinto, presidente da companhia.
O valor previsto para a área de sustentabilidade é de R$ 939 milhões, mas pode chegar a R$ 1,2 bilhão, segundo Melo Pinto.
Para realocar cerca de 1.621 famílias da comunidade sob influência do futuro reservatório, serão empregados R$ 300 milhões. No total, serão 556 casas em oito reassentamentos, que terão pasto, cultivo de mandioca, escola, igreja, centro comunitário, casa de farinha e uma pequena central hidrelétrica para gerar energia para iluminar as ruas.
Há ainda projetos de proteção da fauna, da flora e até de achados arqueológicos.
"Toda movimentação de solo têm de ter um arqueólogo", diz Melo Pinto. A companhia chegou a ter 120 arqueólogos na obra, onde foram descobertos 25 sítios arqueológicos.
A empresa contratou também uma pesquisa para saber o que leva parte da comunidade a optar por uma indenização em dinheiro, em vez de uma nova casa.

Pequenas e microempresas faturam R$ 26 bi em agosto em SP

As micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo faturaram R$ 26 bilhões em agosto, segundo pesquisa que o Sebrae-SP divulga hoje. O aumento é de 10% ante agosto de 2009.
A entidade atribui a alta ao baixo desempenho do setor no mesmo período do ano passado, devido à crise.
"As MPEs têm acompanhado a trajetória de crescimento da economia brasileira", diz Pedro João Gonçalves, consultor do Sebrae.
Para Joseph Couri, presidente do Simpi (sindicato da micro e pequena indústria de SP), "as empresas que vivem do mercado interno estão bem, mas as que dependem do exterior ainda sofrem por conta do câmbio".
A região que mais cresceu foi o interior (13%), seguido da cidade de São Paulo (9,8%) e da região metropolitana (7,6%). A única região que apresentou queda foi o Grande ABC (-3,4%), que já havia se recuperado antes.
Por setor, o crescimento dos serviços (27,4%) se destacou, ante indústria (12,3%) e comércio (1,9%).
As expectativas dos empresários ficaram estáveis. Mais de 30% dizem acreditar em aumento do faturamento nos próximos seis meses.

Crescimento chinês A rede de ensino de idiomas Wizard vai ampliar sua atuação no mercado chinês com a abertura de três novas unidades até janeiro de 2011. O plano da empresa é contar com cem escolas na China nos próximos cinco anos.

Leite "high-tech" A Itambé investe em tecnologia para se tornar mais competitiva. A empresa vai destinar R$ 12 milhões na substituição de seu sistema de gestão empresarial e em um novo sistema para controle de estoque. A CPM Braxis, de serviços de TI, foi contratada para dar andamento aos projetos.

Negócio... A imobiliária Coelho da Fonseca chegou a Brasília. Foram investidos mais de R$ 3 milhões para montar três escritórios da empresa na capital federal.

...brasiliense A meta da companhia na cidade é negociar, até o final do ano, R$ 800 milhões, em 20 lançamentos de 15 construtoras. Em São Paulo, o objetivo da empresa é terminar 2010 com R$ 2 bilhões em carteira.

Salão... Com cerca de 250 mil imóveis em exposição no Brasil e exterior, o Sisp (Salão Imobiliário São Paulo) realizado entre 23 e 26 de setembro, registrou R$ 650 milhões em vendas. A grande procura se concentrou em imóveis de R$ 120 mil a R$ 300 mil.

...do imóvel Dentre as unidades vendidas, mais de 50 são imóveis no exterior, em especial nos Estados Unidos, que ultrapassaram US$ 52 milhões. O evento recebeu mais de 48 mil visitantes. A Caixa Econômica Federal informou ter negociado cerca de R$ 127 milhões e o Banco do Brasil, R$ 340 milhões.

Expectativa... O ICC (Índice de Confiança do Comércio) do Estado do Rio de Janeiro, que mede a percepção do empresariado em relação à situação econômica do setor, atingiu 138,3 pontos em agosto deste ano, alta de 5,2% ante o mesmo mês de 2009.

...fluminense A confiança do empresário local em relação à situação futura ficou em 159 pontos. A linha de otimismo é de cem pontos.

CONSOLIDAÇÃO NO SEGURO

O grupo XP Investimentos amplia a sua corretora de seguros e negocia a compra de outras empresas.
"O mercado de seguros ainda é muito pulverizado. Estamos em negociação com cinco corretoras de porte médio e devemos fechar alguns negócios até o final do ano", diz Guilherme Benchimol, sócio-fundador da XP Investimentos.
A empresa vai investir R$ 5 milhões na compra de corretoras e mais R$ 4,5 milhões na abertura de escritórios. A meta é incrementar a carteira de clientes.
A expectativa é chegar a 10 mil clientes e 50 filiais no país. Atualmente, são 4.000 clientes e nove filiais.
Hoje, a corretora trabalha com 12 seguradoras e a meta é diminuir esse número para três ou quatro.
"No mercado de seguros, o preço é um diferencial muito importante. Concentrando a operação, teremos preços mais competitivos."

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