sexta-feira, junho 11, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Itaipu irá desenvolver bateria para carro elétrico 
Maria Cristina Frias 

Folha de S.Paulo - 11/06/2010

A Itaipu Binacional, estatal que opera a Usina Hidrelétrica de Itaipu, obteve recursos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para desenvolver baterias para o carro elétrico brasileiro.
A entidade financiadora aprovou a concessão de R$ 30 milhões que serão usados no desenvolvimento e na nacionalização de componentes de uma bateria criada pela empresa suíça Mes-Dea.

Essa bateria tem entre os componentes sódio, níquel e cádmio. Itaipu terá dois anos para concluir o projeto.

A bateria representa um dos maiores custos do veículo elétrico. A que será nacionalizada é a mesma do Palio Weekend Elétrico, projeto de parceria entre a Itaipu, a Fiat e a hidrelétrica suíça KWO.

Por enquanto, o Palio montado em Itaipu tem custo proibitivo. Segundo a Fiat, cada unidade custa R$ 210 mil sem subsídio. A questão tributária e o custo das baterias (superior a R$ 70 mil) tornam o modelo inviável comercialmente.

A Itaipu também articula com a WEG, maior produtora de motores elétricos no Brasil, o desenvolvimento de propulsores elétricos para veículos de passeio.

A WEB estima que terá um motor elétrico e os sistemas eletrônicos de controle para veículos em até dois anos, segundo Umberto Gobbato, diretor-superintendente da WEG Automação.
A companhia já possui versões de motores elétricos de grande porte, para ônibus, trólebus e navios.

"Estamos em qualquer fórum de discussão desse assunto. Quando o carro elétrico chegar, teremos um pacote pronto para fornecer a esse mercado", diz Gobbato.

Ele não revela, porém, o tamanho do investimento por detrás desse plano.
No Banho Com Armani
A Armani agora também chega aos banheiros. A divisão Armani/Casa fez uma parceria com o grupo espanhol Roca para produzir de louças sanitárias e metais a móveis, iluminação e revestimentos de parede e piso.

O lançamento está marcado para janeiro de 2011 em 15 países. O Brasil será o único na América Latina que terá os produtos. São Paulo terá a primeira loja.

"As expectativas são muito boas, sobretudo com a Copa do Mundo e a Olimpíada", afirma Joan Jordá, presidente da Roca Brasil. "Até lá, estimamos crescimento entre 5% e 7% no país", diz ele, que atende 40% do mercado doméstico de louças sanitárias.
Novo endereço
A Demac (Delegacia dos Maiores Contribuintes), recém-criada pela Receita Federal, começa a operar em 90 dias, em Higienópolis (SP). O órgão substitui a Delegacia de Assuntos Internacionais. A Demac investigará cem empresas suspeitas de planejamento tributário ilícito.
Guido Mantega antecipa volta a pedido de Lula 
De volta das viagens à China e à Coreia, Guido Mantega, da Fazenda, imaginava ficar em SP até segunda-feira. Mas foi chamado pelo presidente Lula para participar hoje de reunião em Brasília. O ministro é contra o reajuste de 7,72% para aposentados que passou no Congresso e segue para sanção presidencial. A chance é maior que Lula derrube a emenda do fator previdenciário.
Coutinho volta pessimista da reunião do IIF 
Luciano Coutinho, presidente do BNDES, embarcou ontem em Viena (Áustria) para o Brasil, depois da reunião do IIF (Instituto Internacional de Finanças). Estava ainda sob o impacto das más notícias na Europa. "Há risco de contaminação para outros lugares. O curioso é que países que queriam ingressar na União Europeia estão hoje bem melhores do que se tivessem entrado", disse Coutinho.
Auxílio a fornecedores traz economia para empresas 
Empresas brasileiras reduziram custos ao ajudar fornecedores a resolver problemas internos. Dentre as medidas adotadas estão concessão de crédito para compra de insumos, reorganização logística e orientação para aprimoramento de produtos.

Grande parte das companhias (82%) que adotaram a estratégia teve custo reduzido. Além disso, 92% delas diminuíram o risco de desabastecimento e aumentaram as vendas em quase 70%.

"As empresas precisam desenvolver fornecedores porque têm custo alto ao trocá-los", afirma o pesquisador Ataíde Braga, do Ilos, instituto criado por professores da UFRJ, que elaborou a pesquisa. O levantamento foi realizado com mil empresas.

O objetivo da estratégia adotada pelas empresas é manter constante o fluxo da produção, segundo Braga.

O segmento automotivo é o que mais fornece apoio a fornecedores e o setor do agronegócio é o que menos adota essas práticas.

A pesquisa será apresentada no 2º Fórum Internacional de Compras e Suprimentos, em São Paulo, neste mês.
Álcool Volta a Cair Na Bomba
O preço do álcool voltou a cair em maio no país e atingiu a menor cotação em sete meses. O litro foi comercializado, em média, a R$ 1,91, com queda de 3% sobre abril, segundo pesquisa da Ticket Car. É a menor cotação desde outubro de 2009, quando o álcool era vendido a R$ 1,84.

No mês passado, subiu de sete para nove o número de Estados em que o etanol é mais vantajoso para abastecer o carro flex. O Estado de São Paulo lidera a lista na vantagem: a diferença sobre a gasolina é de 57%, seguido por Goiás e Paraná, com 58% e 61%, respectivamente.
De olho na obra
A ALL abriu mais 100 km de infraestrutura no traçado ferroviário entre Alto Araguaia e Rondonópolis (MT). Ainda neste mês, terá início a etapa de instalação de trilhos e dormentes. Só neste ano, a empresa investe R$ 300 milhões na obra.

Em dia Começa amanhã a série de 670 plantões de atendimento a mutuários inadimplentes e irregulares da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), estimados em 120 mil. A ação durará seis meses e deve arrecadar R$ 6 milhões, por mês, após os acordos.
Criançada
A PBKIDS Brinquedos investe R$ 1,7 milhão na expansão de sua rede por meio de franquias. Até o final deste ano, serão cinco novas unidades. A previsão da companhia é dobrar a quantidade de pontos de venda em cinco anos. Hoje, possui 51 lojas, sendo 11 franquias. A estratégia é ampliar a ação no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

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