domingo, junho 27, 2010

ANCELMO GÓIS

Romário argentino
ANCELMO GÓIS 
O GLOBO - 27/07/10

Sonho de consumo de um carioca gaiato, fã da irreverência de Maradona: — Eu queria mesmo era ver Maradona ganhar e a Argentina perder.
O técnico é, de longe, a maior celebridade desta Copa.

A volta da Varig 
No Centro de Manutenção em Confins (MG), a Gol está pintando um avião com as cores da Varig, o que não fazia há anos.
Outros três Boeings ganharão o mesmo banho de tinta da marca que pousou definitivamente no coração dos brasileiros.

Segue...
Sem muito alarde, a Gol retoma a marca em voos internacionais.
Em outubro de 2009, a Varig só voava para Colômbia, Argentina e Venezuela.
Hoje, sua estrela aparece também em Aruba, Barbados, República Dominicana e Antilhas Holandesas.

Névoa na Copa de 14 
Este mês, nevoeiros e mau tempo, comuns nesta época, fecharam dois dos nossos principais aeroportos, o Santos Dumont e o paulista Guarulhos, por quase oito horas.Embora a Copa de 14 se realize neste período do ano, a Infraero dá sua palavra de honra de que não haverá interrupções.

É que...
A estatal vai comprar um ILS (instrumento de auxílio à navegação aérea) III, que vai permitir operações em Guarulhos com tempo ruim.
O Galeão e o Aeroporto Afonso Pena, de Curitiba, terão equipamento semelhante.
A conferir.

Mando de campo 
O empresário Carlos Jereissati tem dito a amigos que é contra a entrada dos controladores da Portugal Telecom na Oi.
Não quer dividir ainda mais poder na empresa, hoje já compartilhado com Sérgio Andrade.

Apartheid na Copa 
O que está dando o que falar em Johannesburgo é uma ação movida por uma sul-africana negra que exige, acredite, indenização de 150 bilhões de randes (uns R$ 37,5 bi!) de um hotelzão cinco estrelas.
Gcinani Mtoba, 39 anos, moradora de Sandton, espécie de Leblon da cidade, acusa o hotel de racismo.

Segue...
A mulher denunciou à polícia que, ao entrar no hotel, a convite de amigos, para ver um jogo com a filha, foi abordada “de forma truculenta por seguranças”.
Gcinani diz que elas foram expulsas sob a alegação de não estarem consumindo nada.

Vida dura 
Não só em Paris e outros postos do “Circuito Elizabeth Arden” vivem os diplomatas. O Brasil abrirá as portas de nova embaixada em Cabul, capital do Afeganistão, um país em guerra.
Outro dia um embaixador foi lá e descobriu que o hotel em que se hospedara da última vez tinha ido pelos ares a toque de bombas.

ZONA FRANCA 
O escritório Montaury, Pimenta Machado e Vieira de Mello Advogados ganhou causa da CBF contra o Ponto Frio.
Hoje tem Cine Stesia, na Editora Multifoco.
Tania Miranda abre inscrições para o curso de decoração de interiores.
A Revista “Nosso Caminho”, de Oscar Niemeyer, inaugura novo site: www.revistanossocaminho.com.br.
O professor Paulo Cesar Colonna Rosmann faz palestra terça, no Espaço Cultural Maria José Fernandes, em Cabo Frio.

Os atrasos de Serra 
O pessoal que trabalha com José Serra, que costuma se atrasar, passou a distribuir a relação de compromissos do tucano com termos como “agenda prevista” ou “deve chegar”.
Faz sentido.

Rumo à Espanha 
Alexandre Pato, o atacante do Milan que se separou recentemente de Stephany Brito, deve se mudar para a Espanha.

Estação Tijuca 
A Multiplan (leia Barra Shopping) tem projeto de construção de um shopping na Tijuca, no Rio.

Cidade partida 
A próxima fase de “Malhação”, da TV Globo, deve mostrar a cara da pobreza no Brasil.
Além do colégio, terá outros dois cenários: um hospital público e uma delegacia de polícia. A ideia é mostrar “a cidade partida”, como explica o roteirista Emanoel Jacobina.

Cena carioca 
Semana passada, policiais da UPP da Babilônia, no Rio, debaixo do sol forte, abriram botões da farda. Foi aí que crianças no pé do morro, ao avistarem o carro da PM que controla o policiamento, começaram a gritar: — Tio, fecha a farda. A supervisão vem aí!

No mais 
Houve um tempo em que as crianças alertavam os traficantes nas incursões da polícia.
De lá para cá, pelo menos nessas comunidades, a situação mudou. Para melhor.
Tomara que continue assim.

MARCEU NA COPA

O tamanho da vuvuzela do sul-africano

Com o Brasil garantido nas oitavas de final, as anotações de viagem prosseguem no país de Mandela.

País sem cachorro: A África do Sul é rica em diamantes e ouro, mas pobre de marré-deci em... cachorros. É sério. Não se vê totó nas ruas, abanando o rabo, como no Brasil. Mesmo nas favelas. Nem cãozinho de madame, nem vira-lata.

País sem bicicleta: Em Johannesburgo, também não se vê bicicleta.
Na Cidade do Cabo, há até um evento anual, o Argus Cycle Tour, para incentivar o uso de duas rodas. Mas o país adora mesmo um motor. A produção anual de carros é de quase 1 milhão (o Brasil, com população quase cinco vezes maior, fabrica cerca de 3 milhões).
Há 146 carros para cada 1.000 habitantes (no Brasil, são 133). As vendas de automóveis crescem 15% ao ano. Todos os principais fabricantes do mundo estão no país. O governo Zuma dá subsídios em troca de preços baixos para o povão.

País dos Pitangas: O sul-africano carrega a fama de ter, digamos, vuvuzela grande. Já o japonês... Com todo o respeito. Quinta, no Ellis Park Stadium, no fim de Eslováquia 3 x 2 Itália, dois jornalistas brasileiros faziam pipi quando parou no mictório ao lado deles um coleguinha oriental. "Fulano, confere agora o tamanho do bilau de japonês", provocou um, para a risada do outro.
No que (há testemunhas) o oriental, meio irritado, meio de gozação, respondeu num português que tentava imitar o sotaque carioca: "Qué olá, memão? Qué olá? Pode olá!" Era um jornalista sul-coreano que contou ter vivido cinco anos no Rio.

Calma, Dunga: Pelo menos até aqui (toc, toc, toc), caiu por terra o mito de país mais violento do mundo. Houve um registro ou outro de furtos em hotéis, mas nada diferente de cidades como Rio ou São Paulo. Nos estádios, e em seus entornos, tem reinado a paz.
Tirando o sequestro do brasileiro Osmar Pereira por uma quadrilha de nigerianos, que não teve nada a ver com a Copa, violência só a de Dunga nas coletivas da seleção.

Reage, Nigéria: Os nigerianos são, até agora, os lobos maus da Copa. A seleção de Kanu e Obinna (o deles, não o nosso) era uma das maiores esperanças do continente no Mundial, mas decepcionou.
E, além do sequestro do brasileiro, há nigerianos envolvidos em quase todos os pequenos delitos registrados. A atitude de uns gera preconceitos contra todos eles no país de Mandela. É pena.

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