domingo, junho 20, 2010

ANCELMO GÓIS

A 1.400 dias da Copa
ANCELMO GÓIS

O GLOBO - 20/06/10

É a seguinte a situação, segundo gente do ramo, dos estádios das 12 cidades da Copa de 14.

São Paulo: Com o Morumbi descartado, o jogo por enquanto está zerado.

Porto Alegre: O Internacional busca parceiro para investir uns R$ 200 milhões no Beira Rio.

Curitiba: Também é privado.

A Arena da Baixada negocia para que alguma empresa ponha uns R$ 50 milhões. Ainda assim, o setor público deve pingar uns R$ 40 milhões.

Rio: O edital do Maracanã está publicado. A reforma custará R$ 720 milhões. Dinheiro público.

Belo Horizonte: O edital de reforma do Mineirão deve ser publicado semana que vem, em modelo de PPP (Parceria PúblicoPrivada). Mas há dúvidas.

Brasília: Edital publicado.

Mas o processo é muito questionado na arena política. O estádio para 70 mil pessoas foi considerado grande demais.

Fortaleza: O caso foi parar na Justiça. Briga de consórcios.

Salvador: Obra já contratada.

O modelo é PPP.

Recife: Já contratada. PPP.

Cuiabá: Já contratada.

Manaus: Já contratada.

Natal: O quadro ainda não está muito claro, embora três consórcios tenham se interessado.

No mais

A conferir.

‘O Cruzeiro do Sul’ Parece até cota Os 34 números de “O Cruzeiro do Sul”, jornal dos pracinhas na Itália em 1945, vão virar livro em setembro com apoio da FGV.

A edição é organizada por Roberto Mascarenhas, neto do marechal Mascarenhas de Morais, que comandou a FEB.

O negro e a ditadura

Dia 1°, a Comissão de Igualdade Racial da OAB do Rio promove ato que vai lembrar negras e negros vítimas da ditadura militar.

A pergunta que não quer calar: por que só negros?

Outro lado

Marcelo Dias, que preside a Comissão, diz que a nossa História não dá suficiente visibilidade à participação dos negros nessa luta.

Há controvérsias.

Tarifa britânica

A Anac notificou a British Airways por falta de transparência nas tarifas. A voadora não respeitou a regra que obriga as empresas a informar aos passageiros todos os serviços e taxas cobrados nos bilhetes.

É que a companhia, espertinha toda vida, cobrava adicional de combustível sem dizer aos clientes.

Parece até cota

A revista “Sandton”, que leva o nome do bairro de bacanas de Johannesburgo, circula este mês com Matthew Booth, o único jogador branco da seleção da África do Sul, e a mulher, Sonia, na capa.

O casal é um dos ainda raros casamentos inter-raciais do país. Nascida em Soweto, a moça, modelo, foi finalista do Miss África do Sul.

Que sejam muito felizes.

Magalhães, meu avô

O jovem Paulo Fernando Magalhães Pinto, assessor especial de Cabral, vai escrever um livro sobre a vida de seu avô, o político e banqueiro mineiro Magalhães Pinto.

Vai ser lançado pela Réptil Editora.

Julita e as chaves

A socióloga Julita Lemgruber e a coleguinha Anabela Paiva acabam de entregar à Editora Record os originais de “A dona das chaves”.

Escrito a quatro mãos, o livro conta a história de Julita no comando das prisões do Rio de Janeiro na primeira metade dos anos 1990.

Eu apoio

Cabral tem um pedido a fazer à Fifa: por favor, proíba vuvuzuela na Copa de 14. Pelo menos no Maracanã.

Ninguém merece.

O DOMINGO é de Susana Werner, 32 anos, a bela mulher de Júlio Cesar, que hoje defende a seleção contra a Costa do Marfim (vai, Brasil!). Susana está no Rio investindo no projeto que chama de “Volta, Júlio”. Tem feito ginástica e, quarta passada, mudou o visual no salão Werner (que não é parente dela), na Barra. Repare, na foto, nas madeixas louras, agora repicadas: “Sozinha, eu me empolgo porque tenho mais tempo para me cuidar”, explica ela, que só não fala sobre o resultado do jogo de hoje: “Não conheço o time”

ZONA FRANCA

Luiz Antonio Secco e Debora Rozensztajn abrem a Azov RH, especializada em seleção para o varejo.

Abre dia 15, na Gávea, o curso Despertar na Unidade, com chancela da Oneness University, na Índia.

Inscrições: sboscardin@terra.com.br.

O promotor Sávio Bittencourt lança A Revolução do Afeto” e a “Nova Lei de Adoção”, amanhã, na Amperj.

Humberto Fernandes Machado e Carlos Gabriel participam de debate da Revista de História da Biblioteca Nacional, terça.

A grife Mamão Papaya lança sua coleção Festa Junina mamaepapaya.blogspot.com).

Fred Schiffer expõe no Rio Design Leblon.

A livraria Rio Antigo expõe parte do acervo do jogador Nilton Santos.

MARCEU NA COPA

A 5ª Avenida sul-africana

Bola que segue, aqui vão novas anotações de viagem da terra da Copa do Mundo.

“Mamãe, quero bundo”: Parece samba de uma nota só, mas não é. As negras sulafricanas (79,5% da população são pretos) não carregam seus filhos no colo, mas na corcunda, sentados em seus grandes “bundos”. Os bebês ficam presos — e protegidos do frio — num pano que elas passam pelas costas e amarram na cintura.

Apartheid da bola: A criançada branca do país de Mandela joga rúgbi nas escolas.

A criançada preta joga futebol em campinhos rala-coco ou nas ruas.

5ª Avenida: A África do Sul também tem sua 5 aAvenida (veja na foto). Fica na favela de Alexandra, a maior de Johannesburgo, espécie de Complexo do Alemão horizontal, com milhares de barracos de paredes de zinco que ardem no calor e congelam no frio, como agora. O lugar é retalhado por ruelas que ganham nomes de avenidas numeradas. A “5aAvenida” da favela miserável em nada lembra a de Nova York, símbolo da riqueza dos EUA.

Quatro rodas: A pobreza é grande, a desigualdade maior, mas cerca de 70% dos lares sul-africanos, segundo o governo, têm pelo menos um carro. Há automóveis demais. A velocidade máxima permitida é de 120km/h. Mas, em Johannesburgo, entre 15h e 19h, não se consegue passar dos 20km/h por causa dos engarrafamentos.

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