quinta-feira, abril 08, 2010

ANCELMO GÓIS

Duelo no ar 

O Globo - 08/04/2010

A concorrência entre empresas aéreas brasileiras têm feito bem ao bolso do passageiro.

Os números da Anac mostram que em fevereiro deste ano o quilômetro voado no Brasil custou R$ 0,37.

Ou seja, 26,6% a menos do que no mesmo mês do ano passado e ainda 10,7% menor do que em janeiro anterior.

Mas...

Não é por falta de passageiros que o preço da passagem caiu.

Na comparação entre fevereiro deste ano e o mesmo mês de 2009, o tráfego doméstico subiu quase 43%.

Mundo virtual I

Andrea Pachá, ex-membro do CNJ e atual juíza da 1° Vara de Família de Petrópolis, julgando um caso de regulamentação de visitas a um menino de pais que vivem em cidades distantes entre si, determinou que duas vezes por semana o pai terá direito a contato com o filho... pelo Skype.

Mundo virtual II

Um estudante niteroiense da PUC, no meio desse temporal que arrasou o Rio, lançou no Twitter o movimento “Enforca, PUC-Rio”, pedindo à universidade para não abrir antes da semana que vem.

Deu certo.

Ontem, surgiu o “Enforca, Ibmec” e o “Enforca, Facha”.

Boletim médico

Drica Moraes, a grande atriz que teve diagnóstico recente de leucemia, voltou a ser internada no Hospital Samaritano, no Rio.

Cadeira de Mindlin

Terminou ontem o prazo de inscrição para concorrer à cadeira de José Mindlin na Academia Brasileira de Letras.

A disputa terá 14 candidatos.

Mas os principais são Geraldo Holanda Cavalcanti, Eros Grau, Muniz Sodré e Martinho da Vila.

País da crendice

Para se ter uma ideia de como tem gente que leva a sério o Cacique Cobra Coral, a “entidade científica esotérica” especializada em chuva.

Em 2007, correndo contra o tempo para entregar o estádio do Engenhão para o Pan do Rio, a Odebrecht contratou a médium “para evitar que chovesse na reta final das obras

À la Zózimo

E a Bolívia, hein? O novo governador do departamento de La Paz se chama Cesar Cocarico.

Faz sentido.

Cotas na UFRJ

A vetusta UFRJ, uma das poucas universidades públicas a resistir à adoção de sistema de cotas raciais, pode rever sua posição hoje, durante a reunião do Conselho Universitário.

A ação afirmativa já é adotada em 97 universidades do país. Mas a primeira grande instituição a aderir foi do Rio (Uerj, em 2002).

Picanha à venda

Uma das linhas de investigação desta operação nebulosa da Previ-Rio, que despejou R$ 61 milhões numa tal de Casual Dinning Participações, aponta que a grana se destinava a comprar os 24,5% que o Bank of America pôs à venda da rede Porcão.

Por causa desta operação, Eduardo Paes afastou o comando do fundo dos funcionários da Prefeitura do Rio.

Porco-espinho

Acredite. Um porco-espinho invadiu a sede da subprefeitura da Barra, ontem pela manhã.

Os funcionários foram todos dispensados

Humor na chuva

De um freguês da boate Le Boy, famoso templo gay de Copacabana, que recebeu 350 pessoas terça passada em pleno temporal: — As bichas são anfíbias.

Dúvida

O Rio sucumbiu a uma chuva.

E se tivesse chovido durante 60 dias seguidos, como ocorreu em São Paulo? Viraríamos o Haiti?

Juliana Carvalho lança “Na minha cadeira ou na tua”, hoje, a partir de 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon.

DESDE O fim do verão, os cariocas acostumaram-se com a cena de seu maior símbolo embrulhado em andaimes, para uma reforma já longa. Ontem, o Cristo Redentor amanheceu assim, embrulhado no que parecem, repare, farrapos. Lembra até o inesquecível Cristo mendigo, que desfilou coberto na Beija-Flor em 1989 (veja na foto menor). E sempre vale repetir o pedido da escola de samba: orai por nós

NÍVEA STELMANN, a bela atriz, capricha no sorriso, durante o almoço de comemoração dos seus 36 anos, numa churrascaria da Barra. Muitos anos de vida...

BENTO CARNEIRO, vivido pelo grande humorista Chico Anysio, volta ao ar sábado, no “Zorra Total”. Na foto com ele, a atriz Fabiana Schunk, a Vampeguete, e Lug de Paula, filho de Chico, que interpreta Calunga

PONTO FINAL

No mais


Trecho de uma crônica de Machado de Assis publicada em abril em 1895 (resgatada ontem no blog do escritor Affonso Romano de Sant’Anna): “Que dilúvio, Deus de Noé! (...) a princípio não tive medo: cuidei que eram dessas chuvas que passam logo. Quando porém os elementos se desencadearam deveras, e as ruas ficaram rios, as praças mares, então supus que realmente era o fim dos tempos. As águas entravam pelas casas, outras desciam dos morros, cor de barro...”

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