sexta-feira, fevereiro 05, 2010

JOÃO BOSCO RABELLO

Texto panfletário perde-se em chavões

O Estado de S. Paulo - 05/02/2010


As primeiras linhas produzidas pelo PT para sua candidata não surpreendem. Antes, confirmam o caráter nacionalista e plebiscitário que o partido pretende imprimir à campanha de Dilma Rousseff, com ênfase na reestatização, em contraponto ao governo FHC, identificado como "entreguista".

Proposto como carta de intenções, o texto é panfletário, traindo sua inspiração eleitoral e perdendo-se em chavões do tipo "herança maldita" e afins. Seu espírito intervencionista leva a prever um governo federal imiscuindo-se no planejamento de cidades - desde os meios de transporte até as salas de cinema.

Sem perder de vista o governo FHC, o PT sugere sutilmente que Dilma produzirá mais avanços ideológicos do que Lula. Com isso pretende reduzir o grau de insatisfação de seu eleitor histórico, atingido pelo pragmatismo de um presidente que frustrou expectativas juvenis de alas radicais do partido que imaginavam possível bancos sem lucros ou investimentos sem retorno.

Por isso, a tese de que um eventual governo Dilma teria um programa "mais à esquerda do presidente Lula". Porém, não mais esquerdista, apressa-se em explicar o presidente do partido Ricardo Berzoini.

Isso explica ainda a inclusão no documento das polêmicas conferências de conteúdos controladores. Elas estão lá , previstas como fornecedoras de subsídios para o Poder Legislativo, novidade que lhe dá uma aparência menos autoritária.

Essa tentativa de manter a fidelidade de seus eleitores históricos com teses que alimentam sua esperança se junta a um esforço de sedução de novos segmentos, como a classe média das grandes cidades, bafejadas pela promessa de soluções para transporte, segurança, saúde e educação. Mas a partir de ações restritas à autonomia dos governos estaduais e municipais.

Essa preocupação eleitoral imediata faz dessa carta de intenções do PT uma penca de metas que o exercício do poder provará utópicas. É o caso, entre outras, da que se refere à política nacional de defesa, com a nítida digital do assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia. Ela prevê uma megaindústria nacional em articulação com países da América do Sul e de "outras regiões", no cenário de um Brasil mais presente no mundo.

Um comentário:

Anônimo disse...

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