quinta-feira, janeiro 07, 2010

ARI CUNHA

Tarso fala em anistia

CORREIO BRAZILIENSE - 07/01/10


Tarso Genro está fazendo proselitismo da anistia aos crimes depois de 1964. Ministro da Justiça defende ardoroso projeto de punir todos os ainda não condenados. Passa pela cabeça do ministro que muita gente perseguiu o povo e está sem punição. Ele se refere aos militares como autores das torturas e mortes. Abrindo a memória do homem de direito no governo, convém lembrar que houve crimes dos dois lados. Esquece da atuação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, quando guerrilheira. Não lembra os companheiros de lutas autores de assassinatos e torturas. É válido o pedido de Tarso Genro. Justo que seja esclarecido o assunto até o fim. Quem for culpado merece receber o castigo da lei e da sociedade.


A frase que não foi pronunciada

“Alguns lobos mudam a pele. Mas a alma é a mesma.”
Regra número um no manual da corrupção.




De olho
Professores de educação física da rede pública querem distância do Conselho profissional. São regidos pelo Ministério da Educação, responsável pela regulamentação da profissão e devem satisfação direta ao GDF. Entendem como armação comercial misturar academia de ginástica com aulas de educação física. O assunto promete render.

Alô
Faltam 13 dias para o início do Curso Internacional de Verão e até hoje não há alguém que atenda o telefone da Escola de Música de Brasília. Alguns professores já confirmaram a presença, inclusive estrangeiros. O curso tem tudo para ser uma homenagem ao professor Galvão. Falta um braço forte para coordenar.

Estranho
Clientes do Banco do Brasil estranharam a retirada de um item de segurança para o acesso à conta pela internet. Enquanto alguns bancos dispõem de cartões de segurança ou o dispositivo eletrônico Token, para o BB basta digitar a senha.

Isopor na cabeça
Andando nas areias da Bahia, o presidente Lula vai à frente levando um isopor. Não se sabe o que havia dentro. Só que o passo era avançado. Pouco atrás vinha a primeira-dama, Marisa.

Censura
O Estado de S. Paulo chega aos 160 dias sujeito à censura. Na véspera do recesso dos tribunais, Fernando Sarney protocolou na Justiça pedido para esquecer a censura. Só que, no dia seguinte, os homens de toga entraram em recesso. Muitos dias terão corridos até que a Justiça possa se manifestar.

Grupo RBS
Paulo Tonet Camargo representa o grupo RBS em Brasília. Ele enviou ao colunista os relatórios das empresas. É relação de grandes trabalhos, ocupando toda a área de jornal, rádio e televisão do Sul. Como cresce, é o sucesso que registra a empresa gaúcha criada por Maurício Sirotsky de saudosa memória e seu irmão Jaime Sirotsky. Para lembrar mais, pense na presença pioneira de Celso Kaufman.

Pregação
A ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula da Silva mudou o tom do discurso. Começa a pregar um Estado forte. O Brasil está em boas condições financeiras, mesmo comparando com outros países. Há sombra no real de nossos dias. São R$ 190 bilhões.

Mensagem
Biólogo e bom chefe de cozinha, Marcos Veronese envia à coluna dicionário de expressões que alega serem do Nordeste. Como é excelente biólogo começando pelo Ciem, a coluna deixa de editar suas palavras. Ele entende tanto de linguagem do Nordeste como os atores da TV Globo quando tentam imitar a gente daquelas bandas.


História de Brasília

O presidente Jânio Quadros está com uma lista enorme de cargos importantes e está encontrando dificuldades com a escolha dos nomes. (Publicado em 22/2/1961)

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