segunda-feira, abril 13, 2009

ANCELMO GOIS

Cultura em transe I


O Globo - 13/04/2009
 


Quarta, uma caravana rolidei de artistas vai a Brasília. 

Fernanda Abreu, Ivan Lins, Francis Hime, Frejat e outros vão protestar contra a decisão de Guido Mantega, pai da atriz Marina Mantega, de elevar em uns 20% o imposto de pequenas produtoras de audiovisual inscritas na categoria Super Simples. 

Cultura em transe II 

Hoje, Juca Ferreira se reúne com o pessoal das artes cênicas, no Teatro Leblon, no Rio. 

Em pauta, o projeto do MinC de reformar a Lei Rouanet de incentivo fiscal à arte. Num encontro igual, em São Paulo, o projeto do ministro dividiu opiniões. 

Só que... 

A Lei Rouanet tem distorções e não é pelo escândalo que foi dar R$9 milhões (dinheiro meu, seu, nosso) ao Cirque du Soleil. 

Há grandes empresas - muitas delas, bancos - que não tiram um centavo do próprio bolso. Tudo vem da viúva. 

Miséria humana 

Gilvan Costa (PTB), o suplente que pode assumir o lugar de Carlos Wilson (PT), falecido ontem, deveria ser submetido ao Conselho de Ética da Câmara. 

É que, em fevereiro, com o agravamento da doença de Wilson, pediu para assumir mesmo sem o titular pedir licença. 

A mina dos miúdos 

Vale e Bradesco vão criar uma linha de financiamento para micro, pequenos e médios fornecedores da mineradora, com juros menores que os de mercado. 

A Vale espera alavancar até R$120 milhões em crédito para os miúdos. 

Nelson Alcolumbre 

O nome do aeroporto de Macapá é... não sei. 

No início do mês, passou a se chamar Nelson Salomão Santana, por lei aprovada no Congresso. Uma semana depois, o mesmo Congresso aprovou outro nome: Alberto Alcolumbre. 

Navio Maximiano 

Lula, para ir ao Campo de Tupi, dia 1º de maio, usará o Navio Polar Almirante Maximiano, comprado na Alemanha por 29 milhões de euros e cuja cerimônia de transferência é hoje, às 10h, no Rio. 

Maximiano foi ministro da Marinha e diretor da Petrobras. 

Fator Sudeste 

Pelo visto, a crise tem afetado mais os estados ricos. Até fevereiro, por exemplo, o consumo de energia no Sudeste caiu 6,5% em relação ao mesmo período de 2008. No Brasil como um todo, a queda foi menor: 4,5%. 

A conta consta de um estudo feito por Jose Luís Alqueres, presidente da Light. 

Segue... 

No caso do Sudeste, o baque é no setor industrial (menos 16,4% até fevereiro). 

Até porque o consumo residencial cresceu 3,4%.

INFORME JB

A campanha já passa pela Câmara

Leandro Mazzini

JORNAL DO BRASIL

O DEM e o PSDB paulistas começam a mexer o xadrez dos mandatos para fortalecer as turmas pró-José Serra, do governador paulista, e pró-Gilbero Kassab, do prefeito paulistano, para 2010. O deputado federal Jorge Tadeu Mudalen (DEM) será nomeado para a Secretaria Especial de Articulação Metropolitana da cidade de São Paulo. Terá a missão de ampliar a interlocução da prefeitura com as dezenas de cidades vizinhas. Tem gente da oposição que já vê isso como manobra de Kassab para aumentar sua influência política, um salto para a candidatura ao governo. Para a Câmara, a fim de fortalecer a campanha presidencial do governador, sobem suplentes Serristas, para a vaga de Mudalen e de Paulo Renato (PSDB) – empossado hoje secretário de Educação do governo.

Serra x Aécio Trio nortista

Explica-se: apesar de ninguém assumir, há duas bancadas tucanas hoje na Câmara. A de Serra e a do governador Aécio Neves, atualmente a mais forte.

Apesar dos sorrisos conterrâneos, é quente o clima entre os senadores José Agripino Maia (DEM), Garibaldi Alves (PMDB) e a governadora Wilma de Farias (PSB). Os três, cada um por si, vão disputar duas vagas ao Senado pelo Rio Grande do Norte. Não haverá acordo para chapa.

A outra

Tranquila, até aqui, segue a senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Apadrinhada por Agripino Maia, é a favorita para o governo do estado.

Torneira

O governo abriu o cofre para os agricultores que perderam muito na safra por causa da seca. Cerca de 133 mil agricultores familiares do semi-árido vão receber, cada, R$ 220 referentes a duas parcelas a que têm direito. O programa ajuda a quem perdeu pelo menos 50% da colheita.

Ossos do ofício

Ontem completaram-se 37 anos do início da Guerrilha do Araguaia. Como mostrou o JB em reportagem recente, ossadas de guerrilheiros ainda dormem dentro de caixas no Ministério da Justiça.

Barrados

Enfermo, o ex-prefeito do Rio Luiz Paulo Conde tem uma lista de políticos, na portaria de seu prédio, autorizados a subir. Mas a portaria tem mandado alguns de volta para casa.

Fumaça no campo

Ainda sobre a guerra dos fertilizantes: representantes do setor denunciam anacronismo grave, a cobrança do ICMS. O nacional paga de 4,9% a 8,4%. O fertilizante importado é isento.

Fumaça no campo 2

O Brasil pode se tornar autossuficiente na produção de adubos fosfatados, dizem senadores. Só precisa de isenção no setor, e investimentos em reservas de potássio e tecnologia.

Decolando

A crise não passou do chão para uma turma. Voam em céu de brigadeiro algumas empresas de táxi aéreo do país. Além dos fretes, a Colt Aviation, de Alexandre Eckmann (foto), encontrou um filão em tempos de aperto: investe também nos empty leg.

Lotação de luxo

Os empty – voos tipo lotação de luxo, em que vários clientes viajam para um destino, previamente avisados de decolagens via e-mail – viraram a saída para empresários que querem economizar.

Lua de mel

A Colt avisou a Dória Jr. que vai transportar, de cortesia, oito casais para o Fórum de Comandatuba, a meca anual do empresariado.

De castigo

Não vai bem a imagem da UFMG. Denúncias são variadas: concursos para professor nos quais são aprovados filhos e mulheres de dirigentes de departamentos e reitoria; resultado de banca examinadora de concurso para mestre antecipado em classificado de jornal; favorecimento de orientandos de pós-graduação, sem diploma, em seleção para docente.

Um brasileiro

O incrível: apesar dos indícios, o MPF em Minas vai investigar... o denunciante: o doutor em direito e professor em dedicação exclusiva Lucas Barroso. Contra ele foi apresentada representação na Procuradoria da República.

Agenda PSC

O PSC reúne suas bancadas de todo o país hoje no Hotel Kubitschek Plaza, em Brasília, para debater a Agenda 20, ações conjuntas para o partido. Aproveitam o encontro para gravar para o horário de TV.

PAINEL

Mudando de assunto


RENATA LO PRETE

FOLHA DE SÃO PAULO - 13/04/09

Atolada na pauta negativa dos abusos no uso da verba indenizatória, a Câmara tenta nesta semana um movimento articulado entre as forças governistas e oposicionistas para votar uma agenda própria de projetos. 
A ideia combinada a portas fechadas na semana passada é votar a toque de caixa amanhã as oito medidas provisórias que trancam a pauta. Na quarta, então, entraria em votação um pacote de ações de impacto, como o cadastro positivo de consumidores e projetos na área de segurança. A oposição ainda quer incluir no rol a extinção do pacote previdenciário, da qual o governo não pode nem ouvir falar.

Cartilha - A Universidade Federal de Minas Gerais ganhou concorrência do Ministério das Cidades para tocar projeto do Plano Nacional de Saneamento Básico. O contrato será de R$ 2,6 milhões.

Desagravo - O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) defendeu na tribuna da Câmara, na semana passada, a construtora Camargo Corrêa do ‘verdadeiro massacre’ que estaria sofrendo por parte da Polícia Federal. Ele repudiou o vazamento de informações sobre doações a partidos e a decisão da PF de investigar outras obras da empresa.

Parceria - Em julho de 2008, os responsáveis pela construção da usina de Jirau, em Rondônia, estiveram com Mendes para apresentar o projeto. Entre os presentes estavam Marcelo Bisordi, da Camargo Corrêa, que aparece no grampo da Operação Castelo de Areia negociando recursos para políticos, e Guilherme Cunha Costa, lobista da empreiteira investigada.

Empacou - O Ministério da Integração Nacional terá de licitar de novo um trecho no Eixo Norte da transposição do rio São Francisco. A empreiteira que venceu a concorrência desistiu da obra e foi multada. Como o trecho é um dos últimos, a pasta avalia que o cronograma não será afetado.

Dois pratos.... - O corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, requisitou dois processos disciplinares do Tribunal de Justiça de São Paulo, diante da demora na apuração de pedido de afastamento de um juiz e de dois servidores. O TJ-SP ainda não comentou a decisão.

...da balança - Enquanto o CNJ vê corporativismo na demora, avalia-se no TJ paulista que o conselho esteja em busca de holofotes. Está na pauta da próxima sessão do Órgão Especial do tribunal nesta quarta-feira, por exemplo, inquérito policial envolvendo um desembargador e processo administrativo disciplinar contra uma magistrada.

Espelho meu - O governador José Roberto Arruda (DEM) baixou o tom da discussão e fez ‘apelo’’ para que os professores não entrem em greve por conta do cancelamento dos reajustes salariais. ‘Não é o momento de discutir aumentos, como, aliás, enfatizou o presidente Lula’, diz.

Páreo - O secretário paulistano Andrea Matarazzo pretende disputar vaga de deputado federal em 2010. Tucanos locais antecipam a competição entre o titular das Subprefeituras e o de Esportes, Walter Feldman, para ver quem terá mais votos na capital.

Largada 1 - Um ano e meio antes das eleições, o presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer (SP), se abalou até Teresina para lançar o deputado Marcelo Castro candidato ao governo do Piauí.

Largada 2 - A ideia da candidatura precoce é pressionar o governador Wellington Dias (PT) a fechar logo a aliança com o partido e barrar a articulação da oposição, que largou na frente nas pesquisas e pode lançar o prefeito da capital, Silvio Mendes, ou o senador João Claudino, ambos tucanos, ao governo.

Flerte - Aliado ao senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), o senador e presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, não descarta o partido apoiar a reeleição de Eduardo Campos se o PT não estiver na aliança e o peemedebista decidir não disputar o governo.

Tiroteio

A candidatura do Henrique Meirelles é igual a Saci-Pererê: todo mundo já ouviu falar, mas ninguém nunca viu. 
Do presidente da CCJ do Senado, DEMÓSTENES TORRES (DEM-GO), sobre as articulações do presidente do Banco Central para se filiar a um partido e disputar o governo ou o Senado por Goiás em 2010.

Contraponto

Auxílio-paletó

O vice-governador Alberto Goldman surpreendeu José Serra ao se apresentar em mangas de camisa para o jantar oferecido à cúpula do DEM, cerca de um mês atrás, no Palácio dos Bandeirantes. 
-E o paletó?- brincou o governador. 
-Não sabia que era uma reunião assim formal- justificou o vice, encabulado. 
Depois de cumprimentar um a um os convidados, Goldman desapareceu. Quando todos começavam a indagar sobre seu paradeiro, surgiu novamente na sala vestindo um blazer emprestado.

MOACYR SCLIAR

O pombo inconfiável

FOLHA DE SÃO PAULO - 13/04/09



Eu esperava que você procedesse do mesmo modo, que você justificasse a estima dos humanos pelos pombos



Um pombo-correio carregando partes desmontadas de um celular foi encontrado por agentes penitenciários em Sorocaba. A polícia acredita que a ave estava sendo usada para levar as peças para dentro de um presídio. De acordo com o boletim de ocorrência, o pássaro foi visto por um agente que trabalha na portaria da penitenciária Dr. Danilo Pinheiro, no bairro Jardim Paraná. O homem notou alguma coisa estranha no pássaro, que descansava em um fio de alta tensão, e fez uma armadilha para pegá-lo. Carregava uma sacolinha com peças de um telefone celular. Folha Online.

"NUNCA PENSEI que um pombo pudesse ser trapaceiro, Gabriel. Nunca. Sempre tive em mente a passagem da Bíblia contando que, depois do dilúvio, Noé, ainda na arca, resolveu mandar um pássaro para saber como estava a terra. Enviou um corvo, que nunca voltou. Enviou um pombo, que regressou trazendo um raminho de oliveira. Ou seja: pombos são confiáveis. Pelo menos era o que eu achava até que você, Gabriel, entrou em minha vida.
Eu descobri você no pátio da penitenciária. Você estava sujo, mancando, com uma pata machucada. Eu cuidei de você como se cuida de um filho. Até nome de anjo eu lhe dei: Gabriel. E eu esperava que você retribuísse o favor que lhe fiz. Foi para isso que treinei você, Gabriel. E você sabe o trabalho que isso me deu, sabe muito bem. Era uma coisa que eu só podia fazer às escondidas, para não chamar a atenção de outros presos e dos guardas. Felizmente eu tinha experiência, porque desde criança gostava de pombos; além disso, meu vizinho era dono de um pombal e me ensinou tudo sobre pombos-correio, inclusive como treiná-los.
Devo dizer, Gabriel, que como pombo você me surpreendeu. Porque você era vivo, você era inteligente, você aprendia as coisas com uma rapidez incomum. Em menos de dois meses você estava pronto para a missão. E a missão era importante, Gabriel. Eu precisava que você me trouxesse peças que estavam faltando em meu celular. E o celular, para mim, era vital: graças a ele eu poderia, mesmo de dentro do presídio, dar instruções para os meus homens. Portanto, quando eu enviei você para trazer as peças, Gabriel, estava lhe encarregando de uma tarefa importantíssima. Mas eu confiava em você, Gabriel.
Tanto quanto Noé confiava no pombo que enviou da arca. Eu esperava que você procedesse do mesmo modo, que você justificasse a estima que a nossa espécie, a espécie humana, tem pelos pombos. Mas você me decepcionou, Gabriel. Você traiu a minha confiança. Você tinha de ir até meus companheiros, receber o saquinho com as peças de celular e voltar imediatamente. Você não fez isso. Você, com uma descomunal irresponsabilidade, pousou num fio para descansar. E aí o agente penitenciário te pegou.
Acho, aliás, que era isso mesmo que você queria, ser capturado: era a maneira mais fácil de livrar-se de mim e de aderir aos caras do poder. "Cria corvos e eles te comerão os olhos", diz um provérbio espanhol. Pois eu digo: cria pombos, certos pombos, e eles te sacanareão. E aqui termino de escrever essa mensagem, Gabriel. Só não sei como vou enviá-la a você. Por um corvo, talvez?"

RUY CASTRO

Tômara que chova

FOLHA DE SÃO PAULO - 13/04/09

RIO DE JANEIRO - Não é coisa que se diga em São Paulo, onde o que não tem faltado é chuva, mas "Tomara que Chova", a marchinha de Romeu Gentil e Paquito, finalmente encontrou quem a cante direito: "Tomára que chova/ Três dias sem parar..." -e não "Tômara que chova/ etc...", como a querida Emilinha Borba decretou no Carnaval de 1951 e nunca teve quem a corrigisse. Agora, graças ao elenco do ótimo musical "Sassaricando", a tônica pousou na sílaba certa.
Atropelos como esse vivem acontecendo. Não fosse Ronaldo Bôscoli, então seu produtor e namorado, e Maysa teria imortalizado "O Barquinho", em 1961, cantando "Diá de luz, festa de sol/ E um barquinho a deslizar/ No macio azul do mar...". Bôscoli argumentou com propriedade -afinal, era o autor da letra- que não existe "diá", existe "dia". Maysa estrilou ao ser corrigida, mas acatou e poupou-se de uma gafe histórica.
Gafe essa da qual não se livrou o próprio João Gilberto, ao cantar "Madame tem um párafuso a menos/ Só fala veneno, meu Deus, que horror", em "Pra Que Discutir com Madame", o grande samba de Janet de Almeida e Haroldo Barbosa. De fato, a frase musical leva a que se cante "párafuso", mas, com esse acento esdrúxulo, como acusar alguém de ter um parafuso a menos?
Para não falar em Vinicius de Moraes, impecável na métrica e no verso livre, mas que cantava: "Se vôce quer ser minha namorada/ Ah, que linda namorada/ Vôce póderia ser...". Seu parceiro Carlinhos Lyra, com ouvido de músico, chamava-lhe a atenção para esses passos em falso. Em vão: Vinicius levou a vida cantando "Minha Namorada" com os acentos errados.
Todo mundo, um dia, escorrega no acento e enfatiza a sílaba errada: cantor, jornalista, empresário, ministro, presidente. A graça está em disfarçar e rir do erro alheio.

FERNANDO RODRIGUES

Brasília fashion

FOLHA DE SÃO PAULO - 13/04/09

SÃO PAULO - A coleção de escândalos do Congresso Nacional na temporada verão-outono deste ano está mesmo de arrasar. Desafiando a crise mundial, nossos estilistas tropicais se mostram mais do que nunca arrojados ao lançar novas tendências de apropriação do bem comum e outras modas.
O saldão começou cedo. Servidores que recebem hora extra durante o recesso parlamentar; parlamentares que esquentam despesas inexistentes com notas das próprias empresas; diretores que procriam como coelhos pelo Senado (são 38? 181?); parlamentares "éticos" que pagam suas domésticas com verba pública; contas telefônicas de R$ 6 mil mensais, em média; um festival de livros autopromocionais impressos com o dinheiro do contribuinte na gráfica do Senado.
Funcionários fantasmas, nepotismo, compadrios -são pequenas peças a compor o figurino do patrimonialismo e o guarda-roupa da corrupção. A coleção de abusos tem a grife do PMDB, mas é confeccionada por todos os partidos. O tricô corporativo dispensa ideologia.
Fernando Collor, um velho estilista da modernidade de antigamente, tido como cafona e ultrapassado, voltou à cena fashion de Brasília. Agora divide o palco com o jaquetão de José Sarney e não chega a roubar o brilho de estrelas em ascensão no cerrado, como Gim Argelo. São todos gratos pelos serviços de alfaiataria de Renan Calheiros.
Falta à temporada de maracutaias prêt-à-porter, é verdade, o glamour de outros escândalos, como o do mensalão, que revelou ao país os segredos da alta costura do PT. Ou o dos sanguessugas, que fez sucesso no varejo do baixo clero, para não lembrar dos Anões do Orçamento, roubança de corte mais tradicional.
Nossos artistas parecem incomodados com a "perseguição" da imprensa. É preciso preservar a instituição, alertam, como se o clichê retórico pudesse legitimar ou redimir a cultura interna do descalabro.
A preocupação que eles revelam com a democracia é menos autêntica do que o sorriso da modelo diante dos flashes na passarela.

SEGUNDA NOS JORNAIS

Globo: Infraestrutura terá R$ 62 bi de empresas em 2009

 

Folha: Crise reduz exportação e investimento da indústria

 

Estadão: Mercado dá sinais de "corrente de calotes"

 

Correio: Governo substitui 2.088 terceirizados

 

Valor: BC apóia bancos em ação que pode atingir R$ 180 bi

 

Gazeta Mercantil: Crise elimina 100 mil vagas no campo