sexta-feira, outubro 23, 2009

TODA MÍDIA

Os controles voltaram

NELSON DE SÁ

FOLHA DE SÃO PAULO - 23/10/09


No alto da home do "Financial Times", "Crise tirou estigma dos controles de capital". Abrindo o texto, "o mundo foi inundado de liquidez pelos bancos centrais das economias desenvolvidas e agora ela brota por toda parte", da Indonésia ao Peru. "Eventualmente, podem quebrar", avisa a coluna Lex. "Daí a nova taxa sobre entrada de capital no Brasil, que outros países podem seguir." Antes "desespero", hoje os controles são "medidas anticíclicas e prudentes". Na fila puxada pelo Brasil, lista África do Sul, Turquia, Chile e Colômbia.

A "Economist" é mais contida. Diz em editorial que "o declinismo sobre o dólar é exagerado", que "um colapso é improvável", mas se assegura registrando que "não quer dizer que os temores sejam infundados". Em reportagem, destaca que "a queda do dólar está complicando a vida para os países com câmbio flutuante". Lista Brasil, que partiu para a reação "direta", Canadá, Austrália e a União Europeia.

NÃO SOBE NEM DESCE
Nas manchetes de Folha Online, UOL e outros, o dólar fechou "estável". Na explicação do Valor Online, também manchete, "não houve força suficiente para sustentar nem alta nem baixa".

E NADA MAIS
Na manchete do iG, "Mantega descarta novas medidas contra alta do real". Em entrevista, disse estar satisfeito com os resultados da taxação e que o câmbio flutuante será mantido.

CASAL ESTRANHO
A nova "Economist" dedica capa e o primeiro editorial, "The Odd Couple" ou o estranho casal, para as relações entre EUA e China, sugerindo que Obama "deve ser mais confiante em suas tratativas com o rival mais próximo". Por exemplo, recebendo o Dalai Lama e até, na viagem a Pequim marcada para novembro, "alguns dissidentes"

RESPEITO DESCONFIADO
A revista encarta o especial "Um respeito desconfiado", com dez reportagens. Em suma, "EUA e China precisam um do outro, mas estão distantes de acreditar um no outro". Destaca, entre outros, o crescimento militar da China, mas avisa que Obama não deve "superestimar o poder chinês", ainda pequeno diante dos EUA

INTERVENÇÃO NO BOLSO
Nas manchetes americanas, do "New York Times" ao "Wall Street Journal", os EUA anunciaram ontem normas para limitar os vencimentos de banqueiros.
O primeiro sublinha que é para "desencorajar práticas de risco na busca descontrolada de lucro rápido". O segundo destaca que as regras da Fazenda (Tesouro) e do Banco Central (Fed) "marcam um divisor de águas para a intervenção no setor privado".

"TALK RADIO"
Na NBC, Obama disse "não perder o sono" com a guerra da Casa Branca com a Fox News, mas deu o canal por "talk radio" como são chamados os radialistas republicanos de grande audiência

PARTIDO & MÍDIA
O site Politico deu manchete para o temor eleitoral dos líderes republicanos, com a crescente associação do partido a "personalidades de mídia de retórica exibicionista e raivosa" como o radialista Rush Limbaugh e o âncora Glenn Beck, da Fox News.

PAREDE ON-LINE
O "Newsday", tabloide que circula em Nova York, anunciou que na próxima quarta a maior parte de seu site "será acessível apenas para assinantes", ao custo de US$ 5 por semana ou US$ 260 por ano. O "NYT" noticiou como "sinal do que vem por aí".

NO MORRO
Acima da manchete on-line do espanhol "El País", o relato do correspondente no Rio, que subiu o Morro dos Macacos em meio a ameaças de morte lançadas com ironia pelos muitos traficantes

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