sexta-feira, outubro 09, 2009

ARI CUNHA

Nosso escriba

CORREIO BRAZILIENSE - 09/10/09


Há pessoas que, ao abrirem um livro, antes do conteúdo analisam a técnica tipográfica, a nitidez da impressão, a qualidade do papel, a facilidade na leitura. Hoje, meu irmão me mostrou uma carta em que o tio Bernardo (Bernardo Monteiro de Almeida) comentava sobre a aventura dele como revisor de um jornal médico. Dizia ele que a revisão é uma pedra no sapato de quem quer que se dedique ao trabalho. Um revisor infalível, que nunca deixou escapar nenhum “gato”, é animal fantástico, espécie de fabuloso dragão ou maravilhoso hipogrifo, bicharocos que nunca andaram por este mundo de Deus. Tio Bernardo tinha as paredes de casa cobertas por livros. Era a wikipedia da família. Suas cartas eram emitidas sempre em duas vias. O conteúdo também. Ficava no papel e para sempre na memória de quem teve a honra de ler seus textos. (Circe Cunha)


A frase que não foi pronunciada

“O que a gente queria era acabar com os laranjas.”
» Possível argumento do MST para o programa CQC.




Adiante do tempo
» Falta muito para o voto distrital valer. A proposta ainda precisa passar por uma comissão especial e pelo plenário do Senado. A ideia é que o eleitor escolha alguém do próprio distrito para representá-lo e depois vote novamente com base na lista partidária.

Cheguei
» Com o fortalecimento do PV, os planos do PSol para 2010 foram alterados. Heloísa Helena deve apoiar a candidatura de Marina Silva à Presidência e voltar ao Senado. Para alegria de alguns e desespero de outros.

Óbvio
» Se o servidor é público, não há razão para temer a divulgação do salário recebido. O assunto tramita no Senado, foi cogitado pelo governador Arruda, do Distrito Federal, e deveria ser publicado mensalmente nas esferas municipais, estaduais e federal do Executivo, Legislativo e
Judiciário. Sobre o teto salarial, o senador Renato Casagrande lembra que a integração do sistema já está prevista na Lei Geral da Previdência.

Dúvidas
» Armazenamento de torianita causa preocupação no senador Romeu Tuma. O presidente da Cnen, Odair Dias Gonçalves, declarou que esse minério não é controlado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, por ter baixo teor de radiação. Mesmo assim, o senador Tuma quer respostas do ministro Sérgio Rezende.

Ferramenta
» Por que tanta violência? A resposta será fruto de investigação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. A ferramenta para traçar políticas públicas de combate a esse mal será mais eficiente depois que o IBGE mostrar o resultado.

Destruir
» Nenhum pé de coentro plantava o MST. Isso era nos bons tempos. As coisas pioraram. Parecia pouco. Agora, o melhor é arrancar o que leva anos para produzir. E a impunidade continua solta e financiada pelo próprio governo. Ninguém criminaliza o MST. O movimento é que criminaliza as próprias ações.

Fazer valer
» Supressão hormonal assusta menos que cortar o mal pela raiz. Mas o senador Gerson Camata não para por aí. Quer prisão para os portadores de drogas. Afinal, são eles que alimentam os crimes do tráfico. E reforça que a detenção deve valer. Explicou que o crime no Brasil compensa. Deu dezenas de exemplos de criminosos reincidentes que não cumpriram toda a pena.

Transporte
» Marcio Fortes, ministro das Cidades, anuncia a disponibilização de R$ 5 bilhões para projetos que garantam o transporte durante dos jogos da Copa de 2014. Coincidentemente, a informação chega um dia depois das notícias do blecaute no transporte do Rio de Janeiro.

Unila
» Caminha a passos largos a criação da Universidade Federal da Integração Latino Americana. A cidade de Foz do Iguaçu foi a escolhida pelo governo federal para receber a instituição. Uma das finalidades é o processo de integração com os países membros do Mercosul. Dr. Rosinha foi o relator da matéria e deu voto favorável.

História de Brasília

O Departamento de Turismo da Prefeitura está fracassando em matéria de carnaval, que devia incentivar. O chefe anterior, porque ia embora, não moveu uma palha. O atual, porque entrou agora, não se manifestou sobre o assunto. E assim, a cidade ficará sem carnaval. A culpa, em parte, cabe também ao comércio, que se omite em todas as temporadas, tão propícias a maior movimento de vendas. (Publicado em 10/2/1961)

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