sábado, setembro 26, 2009

RUY CASTRO

Escrito na história

FOLHA DE SÃO PAULO - 26/09/09


Para quem gosta de futebol, um velho álbum de figurinhas vale por uma caixa de “madeleines”, no sentido de reavivar lembranças. Um deles, “As Figurinhas da Copa União”, editado pela Placar, dirigida por Juca Kfouri, caiu-me às mãos outro dia.

Refere-se ao famoso Campeonato Brasileiro de 1987, aquele que a CBF, por falta de organização e recursos, abriu mão de comandar e foi oficialmente assumido pelos principais clubes do país, reunidos no Clube dos 13. Não por acaso, o álbum, lançado no início da competição, trazia como subtítulo “O Verdadeiro Campeonato Brasileiro”.

Que timaços! O São Paulo tinha Rojas, Zé Teodoro, Darío Pereyra, Silas, Pita, Müller e Raí. O Corinthians tinha Valdir Peres, Wladimir, Biro-Biro e Everton. O Palmeiras, Zetti, Célio, Edu e Tato. E o Santos, Rodolfo Rodrigues, César Sampaio e Mendonça. Isso apenas entre as figurinhas carimbadas.

O Grêmio ostentava Mazaropi, Bonamigo, Valdo, Lima e, olha só, o Cuca. O Internacional vinha de Taffarel, Gilberto Costa e Amarildo. O Atlético Mineiro trazia João Leite, Luizinho, Sergio Araújo e Zenon. O Cruzeiro apresentava Ademir, Careca e Claudio Adão.

O Botafogo, menos reforçado, dependia de Josimar e Mauricio. Já o Fluminense, com Paulo Vitor, Ricardo Gomes, Leomir, Romerito, Washington e Assis, era uma potência. E o Vasco, com Acácio, Mazinho, Geovani, Roberto Dinamite e um gênio de 21 anos chamado Romário, não ficava atrás. Mas o Flamengo, treinado pelo estreante Carlinhos, era um escrete: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Aldair, Leonardo, Andrade, Zico, Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho, com Edinho, Alcindo e Nunes na reserva.

Grandes times, grandes jogos, grande campeonato. Está escrito na história de todos que o disputaram, tanto no campo como no bafo-bafo.

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