terça-feira, junho 02, 2009

ARI CUNHA

Brasil feliz


Correio Braziliense - 02/06/2009
 

Copa do Mundo fez melhorar a presença do Brasil. Esporte dominante renasce ante o anúncio das cidades que vão sediar os jogos. Brasil se alegra com as oportunidades. As obras impulsionarão não só as cidades escolhidas, como o turismo. O problema levantado será o transporte dos visitantes aos estádios. Chegar à área turística e de lá alcançar os locais dos jogos é o entrave à vida no Brasil. Os dólares que virão do exterior encontrarão nos estados a força de um povo alegre por novamente sediar a Copa do Mundo, o que aconteceu pela última vez em 1950. Foi triste para nosso povo a despedida com a vitória do Uruguai. País desperta para a realidade. Jovens frequentarão escolas de esportes. Vislumbra-se a possibilidade do aparecimento de craques feitos em nosso chão. A seleção tem sido formada por “estrangeiros”, jogadores brasileiros em atividade no exterior. O futebol ficou técnico e universal. O despertar da nova geração trará de volta o futebol arte. Surgirá o esporte dança, ballet e habilidade nas fintas usadas com inteligência. Tempos novos estão chegando. O desejo é o de que as coisas mudem para melhor. Que ressurja a bola manejada mais com o coração do que com os pés. Aplausos de pé na alegria da novidade que se reforma.


A frase que não foi pronunciada

“Yaiá me deixa subir esta ladeira. Eu sou do bloco, mas não pego na chaleira.”
Deputado Jackson Barreto, relembrando carnaval do século passado para justificar seu pedido de nova reeleição do presidente Lula da Silva.


Febre 
O ministro José Gomes Temporão, da Saúde, explica que o ministério está atento aos casos de febre suína. A denominação é um vírus de influenza, o H1N1. Os casos estão sob controle, sendo que estão vindo de outros países, porém controlados no Brasil. Temporão recomenda evitar a compra de remédios, visto que não são úteis para debelar a influenza. 

Academia 
A cidade de São José do Calçado, no Espírito Santo, viveu dia de festas. A Academia de Letras recebeu o nome do ministro José Carlos da Fonseca. Trata-se de homenagem da cidade ao grande cidadão que honrou o Espírito Santo em todas as atividades que exerceu, dentro ou fora do país. O dia foi de alegria em São José do Calçado, que se orgulha do nome pela excelência do carinho dado à produção de calçados. 

Saúde no DF 
Augusto Carvalho, secretário da Saúde de Brasília, vai chamar 262 clínicos médicos, 73 ginecologistas obstétricos e mais auxiliares. É que a secretaria está trabalhando com sugestões do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. 

Prainha 
Boa, a ideia de Humberto Leda oferecendo conforto aos usuários da Prainha. Na Península Norte, há área para descanso dos moradores. Reclamações fecharam o parque. Há um cais e muitas churrasqueiras. Tudo para confraternização. Maneira simpática seria moradores oferecerem babás às crianças dos pais que vão pescar. 

Casamento 
Lyana Azevedo, jornalista e chefe de cerimonial, envia texto a editores e jornalistas, com 3.168 caracteres, sobre ocorrências de casamentos. As festas tomaram tal crescimento que os noivos ficam ilhados. A coluna pode ter sido excessiva. Mas que os casamentos estão sem solenidade familiar, é uma triste verdade. 

Greve 
Nota diz que os trabalhadores da Embrapa vão entrar em greve. O movimento é liderado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisas e Desenvolvimento Agropecuário, em reação à mudança de cálculo do adicional de insalubridade. Com o país em crise econômica, não parece patriótico. A Embrapa é do governo, e este se baseia em decisão do STF. 

Otimismo 
Contrariando declarações do presidente Lula da Silva, a vida sindical no Brasil vive eterna ameaça. Todas as semanas são programadas greves em vários setores. Pelo que se vê, os sindicatos que elegeram Lula da Silva são eternos insatisfeitos, conforme demonstram tantas paralisações programadas.

História de Brasília

Os motoristas da CMTC, da capital paulista, já se acostumaram às campanhas do sr. Jânio Quadros, nas quais ele sempre usava o boné de um cobrador. Ontem, para a posse, eles trouxeram uma miniatura de um boné, como sendo do motorista nº 1, mas não conseguiram entregá-lo. Ficou mesmo com o sr. Emílio Carlos, patrono da viagem da caravana. (Publicado em 1/2/1961).

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