quinta-feira, setembro 11, 2008

NATAL
FÁTIMA: A VIGARISTA DAS SOMBRAS

FÁTIMA SE ESCONDE NA COZINHA DO RESTAURANTE

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Bolívia deve suspender envio de mais de 55% do gás ao Brasil

O novo incidente e a nova perspectiva de redução do envio de gás ainda não foram confirmados pela Petrobras.

Folha Online
da Efe, em La Paz

Os cerca de 31 milhões de metros cúbicos de gás natural que o Brasil recebe da Bolívia todos os dias irão ser reduzidos em mais de 55%, informou nesta quinta-feira à agência de notícias Efe uma fonte do consórcio Transierra, responsável pela administração dos gasodutos entre ambos os países.
Entenda os protestos contra Morales na Bolívia
Ontem, a Transierra já havia confirmado uma redução em 10% do volume devido a danos em uma válvula de um gasoduto localizado na região de Yacuíba. Nesta quinta-feira, o percentual subiu para mais de 55% devido a um novo incidente envolvendo outro gasoduto, desta vez na estação de Bella Vista. Não há confirmação sobre os estragos ocorridos no novo episódio.
Arte/Folha Online
O novo incidente e a nova perspectiva de redução ainda não foram confirmados nem pela Petrobras nem pela empresa estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos).
Segundo o jornal boliviano "La Razón", o que ocorreu foi a "manipulação" de uma válvula de segurança, entre a noite de ontem e a madrugada desta quinta. O jornal ainda ressalta que, agora, a alternativa encontrada pela Transierra para driblar o problema de ontem --enviar o gás por um gasoduto de outra empresa, a Transredes-- não funcionará, porque o gasoduto alternativo não comportaria os 17,6 milhões de metros cúbicos que faltariam.
Para o governo do presidente boliviano, Evo Morales, o incidente de ontem foi provocado por grupos opositores que têm realizado protestos freqüentes na maior parte do país, nos últimos dias. Nesta quinta, o ministro da Fazenda boliviano, Luis Alberto Arce, confirmou a suspeita e afirmou que os dutos foram alvo de "atos de vandalismo e terrorismo".
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ISSO É UMA BUNDA

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Essa está pronta para receber uma injeção de PÊNISCILINA. Goooosssstosa!
Informe JB

Na surdina, Lula articula para Crivella
Leandro Mazzini

O presidente Lula vive um dilema político. Enquanto assiste de longe à disputa no Rio, para evitar briga com Sérgio Cabral ou Marcelo Crivella – em lados opostos – não vê a hora de mergulhar nessa praia. Quer ajudar alguém, e acabou se antecipando. Há uma semana, chamou um ministro do PMDB, bem relacionado com Crivella, candidato do PRB, e soltou: "Avisa ao Crivella para ter paciência que no segundo turno eu entro na campanha dele". O PT palaciano parece ter a certeza, diante das atuais pesquisas, de que Crivella vai para a 2ª rodada. O apoio a Eduardo Paes (PMDB) está descartado. Nem o PT tampouco Lula o perdoam pela atuação na CPI dos Correios. O recado também chegou ao presidente do PT, Ricardo Berzoini. Uma aliança com o PDT e o PCdoB já é tramada para reforçar o PRB. Mas só as urnas confirmarão isso.

Coisa do Zé
O vice-presidente da República, José Alencar, tem pressionado Lula para ajudar Crivella.

Rifada
Jandira Feghali foi rifada. O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e o deputado Aldo Rebelo (SP) foram ao vice-presidente José Alencar e fecharam um acordo.

Todos comunistas
No trato, o PCdoB pediu mais engajamento do PRB na campanha de Jô Moraes, com quem tem chapa em Belo Horizonte. E prometeu se aliar a Crivella caso ele vá para o 2º turno no Rio.

Não é bem assim...
Apesar do encontro, Renato Rabelo disse à coluna que não houve trato algum.

Tensão
Evo Morales já teme um golpe. O ministro da Fazenda da Bolívia, Luis Arce, foi ontem ao Planalto pedir ajuda ao assessor especial de Lula, Marco Aurélio Garcia.

Desabafo de mestre
O ex-presidente Fernando Henrique desabafou para um amigo que o PSDB paulista se perdeu. E não sabe como salvá-lo.

Quem diria
O senador Osmar Dias (PDT) andou pedindo votos para José Borba, candidato a prefeito em Jandaia do Sul, no Paraná. Borba é o deputado que renunciou em meio ao escândalo do mensalão.

Quem diria 2
No Planalto há quem defenda o fim da estabilidade do funcionalismo. Quem lidera a trupe é um cidadão de Assuntos Parlamentares, que passeia pelo Congresso. O PT, vale lembrar, derrubou projeto de FH na reforma administrativa que pedia o fim da estabilidade.
LEIA UM LIVRO
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS-CONT.
MACHADO DE ASSIS

CAPÍTULO 6

Chimène, qui l’ eût dit? Rodrigue,qui l'eût cru?

Vejo-a assomar à porta da alcova, pálida, comovida, trajada de preto, e ali ficar durante um minuto, sem ânimo de entrar ou detida pela presença de um homem que estava comigo. Da cama, onde jazia, contemplei-a durante esse tempo, esquecido de lhe dizer nada ou de fazer nenhum gesto. Havia já dois anos que nos não víamos, e eu via-a agora não qual era, mas qual fora, quais fôramos ambos, porque um Ezequias misterioso fizera recuar o sol até os dias juvenis. Recuou o sol, sacudi todas as misérias, e este punhado de pó, que a morte ia espalhar na eternidade do nada, pôde mais do que o tempo, que é o ministro da morte. Nenhuma água de Juventa igualaria ali a simples saudade.
Creiam-me, o menos mau é recordar; ninguém se fie da felicidade presente; há nela uma gota da baba de Caim. Corrido o tempo e cessado o espasmo, então sim, então talvez se pode gozar deveras, porque entre uma e outra dessas duas ilusões, melhor é a que se gosta sem doer.
Não durou muito a evocação; a realidade dominou logo; o presente expeliu o passado. Talvez eu exponha ao leitor, em algum canto deste livro, a minha teoria das edições humanas.O que por agora importa saber é que Virgília — chamava-se Virgília — entrou na alcova, firme, com a gravidade que lhe davam as roupas e os anos, e veio até o meu leito. O estranho levantou-se e saiu. Era um sujeito, que me visitava todos os dias para falar do câmbio, da colonização e da necessidade de desenvolver a viação férrea; nada mais interessante para um moribundo. Saiu; Virgília deixou-se estar de pé; durante algum tempo ficamos a olhar um para o outro, sem articular palavra. Quem diria? De dois grandes namorados, de duas paixões sem freio, nada mais havia ali, vinte anos depois; havia apenas dois corações murchos, devastados pela vida e saciados dela, não sei se em igual dose, mas enfim saciados.Virgília tinha agora a beleza da velhice, um ar austero e maternal; estava menos magra do que quando a vi, pela última vez, numa festa de São João, na Tijuca; e porque era das que resistem muito, só agora começavam os cabelos escuros a intercalar-se de alguns fios de prata.
— Anda visitando os defuntos? Disse-lhe eu. — Ora, defuntos! respondeu Virgília com um muxoxo. E depois de me apertar as mãos: — Ando a ver se ponho os vadios para a rua.
Não tinha a carícia lacrimosa de outro tempo; mas a voz era amiga e doce. Sentou-se. Eu estava só, em casa, com um simples enfermeiro; podíamos falar um ao outro, sem perigo.Virgília deu-me longas notícias de fora, narrando-as com graça, com um certo travo de má língua, que era o sal da palestra; eu, prestes a deixar o mundo, sentia um prazer satânico em mofar dele, em persuadir-me que não deixava nada.
— Que idéias essas! Interrompeu-me Virgília um tanto zangada. — Olhe que eu não volto mais. Morrer! Todos nós havemos de morrer; basta estarmos vivos.
E vendo o relógio:
— Jesus! são três horas. Vou
me embora
— Já?
— Já; virei amanhã ou depois.
— Não sei se faz bem, retorqui; o doente é um solteirão e a casa não tem senhoras...
— Sua mana?
— Há de vir cá passar uns dias, mas não pode ser antes de sábado.
Virgília refletiu um instante, levantou os ombros e disse com gravidade:
— Estou velha! Ninguém mais repara em mim. Mas, para cortar dúvidas, virei com o Nhonhô.
Nhonhô era um bacharel, único filho de seu casamento, que, na idade de cinco anos, fora cúmplice inconsciente de nossos amores. Vieram juntos, dois dias depois, e confesso que, ao vê-los ali, na minha alcova, fui tomado de um acanhamento que nem me permitiu corresponder logo às palavras afáveis do rapaz. Virgília adivinhou-me e disse ao filho:
— Nhonhô, não repares nesse grande manhoso que aí está; não quer falar para fazer crer que está à morte.
Sorriu o filho, eu creio que também sorri, e tudo acabou em pura galhofa, Virgília estava serena e risonha, tinha o aspecto das vidas imaculadas. Nenhum olhar suspeito, nenhum gesto que pudesse denunciar nada; uma igualdade de palavra e de espírito, uma dominação sobre si mesma, que pareciam e talvez fossem raras. Como tocássemos, casualmente, nuns amores ilegítimos, meio secretos, meio divulgados, via-a falar com desdém e um pouco de indignação da mulher de que se tratava, aliás sua amiga. O filho sentia-se satisfeito, ouvindo aquela palavra digna e forte, e eu perguntava a mim mesmo o que diriam de nós os gaviões, se Buffon tivesse nascido gavião...
Era o meu delírio que começava.

CONT. AMANHÃ
QUINTA NOS JORNAIS

- Globo: Bolívia: explosão em gasoduto reduz fornecimento ao Brasil

- Folha: PIB cresce 6% com investimento recorde

- Estadão: Investimento puxa alta de 6,1% no PIB

- JB: Chegam ao Rio 3.500 soldados para eleição

- Correio: Agora, sim...o espetáculo do crescimento

- Valor: Demanda interna no país já cresce em ritmo chinês

- Gazeta Mercantil: PIB em alta e descoberta no pré-sal reanimam a semana

- Estado de Minas: Vamos, enfim, ter espetáculo?

- Jornal do Commercio: Crédito mais difícil