sexta-feira, dezembro 12, 2008

MÓNICA BÉRGAMO

Pacote mineiro


Folha de S. Paulo - 12/12/2008
 

O governador Aécio Neves, de MG, anuncia na próxima semana a ampliação da linha de crédito com juros subsidiados, oferecida pelo BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), de R$ 300 milhões para R$ 600 milhões para as grandes empresas -em especial as siderúrgicas.
Vai também propor ao presidente Lula que os cafeicultores do Estado paguem suas dívidas com o governo com sacas do produto -e não mais com dinheiro.

PORTAS FECHADAS
E o governador mineiro decidiu escancarar a queda de braço com Solange Vieira, presidente da Anac, que quer abrir o aeroporto da Pampulha para vôos entre capitais. "Se isso for adiante, eu fecho o aeroporto", diz ele. Aécio afirma que essa discussão só existe "porque a Azul [nova empresa aérea] quer ter o privilegiozinho de voar por lá, quer ter o filezinho". E que, se quiser voar em Minas, vai ter que ser pelo aeroporto de Confins.

EM FRENTE
Aécio afirma que já investiu "R$ 400 milhões" para facilitar o acesso a Confins e que Solange não pode "interferir assim na vida dos Estados". A Azul afirma que seu interesse pelos aeroportos centrais é o mesmo que o das demais empresas aéreas. A Anac diz que segue a lei e que não pode restringir o uso de aeroportos, a não ser por razões de segurança.

NO EMBALO
E as concorrentes da Azul preparavam ontem documento para oficializar queixas de que a empresa está tendo "facilidades" na Anac. A agência nega.

TÔ BESTA
O pedido do ministro Juca Ferreira, da Cultura, para que José Serra (PSDB-SP) ajudasse a libertar a pichadora Caroline Pivetta da Mota deixou o governador um tanto perplexo. "Isso é assunto da Justiça", comentou Serra com quem estava ao lado dele no momento do telefonema. "Se um governador puder soltar, pode começar a mandar prender também!". Ao ministro, Serra disse que as coisas não eram "bem assim", mas afirmou que, de qualquer forma, pediria informações à Secretaria da Segurança.

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